Porta-voz do governo polonês confirmou as mortes no sudoeste do país; Otan fará reunião de emergência na quarta-feira.
Duas pessoas morreram após uma explosão no sudeste da Polônia, na fronteira com a Ucrânia, nesta terça-feira, 15. As mortes foram provocadas por um míssil russo que atingiu uma fazenda no vilarejo de Przewodów, a cerca de 6 quilômetros da fronteira ucraniana.
“Às 15h40 [hora local] na aldeia de Przewodów um míssil de fabricação russa caiu, matando dois cidadãos da República da Polônia”, disse Lukasz Jasina, porta-voz do governo polonês. A Otan, organização integrada também pela Polônia, realizará reunião de emergência na quarta-feira.
Após o incidente, a Polônia colocou as suas unidades militares em alerta e elevou o monitoramento do espaço aéreo nacional. O país aguarda a reunião com a Otan para consultar “todos os membros da aliança sobre a resposta certa”, disse o chefe de Segurança Nacional, Jacek Siewiera.
Os Estados Unidos e aliados ocidentais também investigam a explosão. A origem dos projéteis não é clara, porém, eles caíram ao mesmo tempo em que a Rússia atacava a Ucrânia, uma das principais ofensivas de Putin desde que as tropas de Moscou foram expulsas de Kherson. Mísseis choveram sobre cidades como a capital Kiev, Lviv e Rivne, no oeste, Kharkiv, no nordeste, Kryvyi Rih e Poltava na região central, Odesa e Mikolaiv, no sul, e Zhytomyr, no norte.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky acusou a Rússia de ser responsável pelos mísseis. “O terror não se limita às nossas fronteiras nacionais. Mísseis russos atingiram a Polônia, lançando mísseis em território da Otan, este é um ataque de mísseis russos à segurança coletiva”, disse am vídeo divulgado nas redes sociais.
Rússia nega ataque. O Ministério da Defesa da Rússia negou o ataque e afirmou que as notícias sobre as mortes na Polônia eram uma ‘provocação deliberada com intuito de escalar a situação”. Em nota, o órgão também disse que nenhum ataque foi feito próximo à fronteira da Ucrânia com a Polônia.
Primeiro-ministro pede calma. Após a confirmação da fabricação do míssil, o primeiro-ministro da Polônia, Mateusz Morawiecki, tentou acalmar a população do país.
“Peço a todos os poloneses que mantenham a calma diante desta tragédia (…) Precisamos ter moderação e cautela”, declarou Morawiecki após reuniões de emergência do governo em Varsóvia.
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