Economia

Família fatura R$ 250 mil por mês com pamonhas e atrai clientes até em quadra de beach tennis

Tereza Moreira Miguel decidiu preparar pamonhas para ajudar no sustento da família – Foto: Pamonharia Cabocla Tereza

Uma receita tradicional da culinária brasileira se transformou em um negócio de sucesso para uma família do Sul de Minas Gerais: a pamonha.

Atualmente, o empreendimento fatura R$ 250 mil por mês, comercializa para diversos estados e até atrai clientes com partidas de beach tennis ao lado da fábrica.

Tudo começou em 2007, quando Tereza Moreira Miguel, aposentada e mãe de cinco filhos, decidiu preparar pamonhas para ajudar no sustento da família.

“Eu via minha mãe fazer na fazenda. Quando a situação apertou, comecei a vender de porta em porta”, lembra Tereza.

A virada no negócio veio com o genro, Ildeu Vieira. “Conversei com minha sogra: ‘Vamos abrir uma pamonharia?’. Ela achou que eu estava ficando louco”, recorda.

Apesar da desconfiança inicial, o genro conseguiu convencer a sogra e a esposa, Nádia Miguel, a embarcarem na ideia. Juntos, investiram R$ 150 mil para transformar a pamonha em um negócio profissional.

Nos primeiros anos, a família chegou a cultivar todo o milho utilizado na produção, garantindo o fornecimento da matéria-prima. Com o tempo, a produção aumentou e, atualmente, a pamonharia conta com produtores parceiros.

Tradição aliada à inovação

Combinar tradição com tecnologia foi o que faltava para o negócio crescer. Para aumentar a durabilidade do produto, Ildeu teve a ideia de esterilizar a palha que envolve as pamonhas.

Essa técnica, aliada ao uso de máquinas de embalagem a vácuo e ao congelamento de 85% da produção, permite que o produto seja transportado para outras regiões. Atualmente, a marca vende para cidades de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Salvador.

A empresa também apostou na sustentabilidade: utiliza energia solar e transforma os resíduos do milho em ração animal.

Com o crescimento do negócio, os netos de dona Tereza também passaram a atuar na gestão e trouxeram uma novidade que se tornou um diferencial: construíram uma quadra de beach tennis ao lado da fábrica. A iniciativa atrai visitantes e aumentou em 30% o movimento no local.

“As pessoas jogam, experimentam a pamonha e acabam divulgando para outras. É a melhor forma de propaganda”, comenta Everton.

Além das pamonhas, o cardápio foi ampliado: a fábrica oferece curau, bolo de milho e sucos, e já produz 1,5 mil pamonhas por dia, além de dezenas de porções e bebidas para os clientes que passam pela estrada.

“Hoje temos 12 sabores de pamonha e continuamos inovando. A base é a mesma receita da minha mãe, mas o sonho foi crescendo”, conta Nádia, emocionada.

Para dona Tereza, ver a fábrica em pleno funcionamento é mais do que a realização de um sonho.

“Agradeço à pamonha por tudo o que conquistei. Consegui minha liberdade, eduquei meus filhos. Venci!”.

fonte: g1

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