Polícia

Fisiculturista é condenado a 20 anos de prisão por matar a companheira espancada, em Goiás

Igor Porto Galvão e Marcela Luise de Souza Ferreira – Foto: Reprodução/Instagram de Igor Porto Galvão

O fisiculturista Igor Porto Galvão, de 32 anos, foi condenado a 20 anos e seis meses de prisão pela morte da companheira Marcela Luise de Souza Ferreira. De acordo com a denúncia do Ministério Público de Goiás (MP-GO), ele espancou a vítima com chutes e socos e fingiu que ela havia sofrido um acidente doméstico. O julgamento foi realizado na quinta-feira (26), no Tribunal do Júri de Aparecida de Goiânia.

O júri presidido pelo juiz Leonardo Fleury Curado Dias, reconheceu a autoria do fisiculturista. Igor foi condenado por homicídio qualificado, e os jurados consideraram que o crime foi cometido por motivo fútil, meio cruel e com recurso que impossibilitou a defesa da vítima e por feminicídio.

O advogado Marcelo Celestino Soares, um dos responsáveis pela defesa do condenado, afirmou que “a decisão proferida pelo conselho de sentença foi contrária às provas apresentadas nos autos do processo e não condizente com a conduta praticada por Igor”. A defesa irá recorrer da decisão.

Entenda a condenação

Na ocasião, o juiz destacou que o acusado deixou a filha do casal, menor de idade, “desprovida de auxílio material e afeto maternal”, o que incluiu um acréscimo de três anos na pena.

Em relação às agravantes, o meio cruel foi considerado devido aos diversos ferimentos apresentados pela vítima, que foi submetida a um processo de espancamento de forma “covarde”. A desproporção da força física entre Igor e Marcela colaborou como um recurso que impossibilitou a defesa dela.

“O reconhecimento do feminicídio, demonstra que a vítima, companheira do réu, no ambiente doméstico, vinha sendo subjugada, há muito tempo, com ameaças de perder a filha, com constrangimento e humilhação, com clara intenção de menosprezo durante a convivência, o que configura a violência psicológica”, pontuou o juiz.

O presidente do tribunal do júri acrescentou mais dois anos para cada uma das circunstâncias negativas e fixou uma pena de 21 anos de reclusão. No entanto, devido ao réu ter confessado o crime, a pena foi reduzida em seis meses. Dessa forma, Igor foi condenado a 20 anos e seis meses de reclusão.

O fisiculturista deve cumprir a pena em crime fechado, sem possibilidade de recorrer ao processo em liberdade.

Marcela Luise de Souza Ferreira, de 31 anos, morreu em 20 de maio de 2024, dez dias após ter sido levada ao hospital pelo companheiro com sinais de espancamento. O crime ocorreu no dia 10 de maio, no Parque São Pedro, em Aparecida de Goiânia.

Conforme a denúncia, após as agressões e, com intuito de se livrar da punição, o réu deu banho na mulher e, com ela desfalecida, a levou a um hospital, apresentando a versão de que ela teria sofrido um acidente doméstico.

A vítima e o reú mantinham uma união estável há nove anos, período em que tiveram uma filha. Conforme o MP, o relacionamento foi marcado por agressões físicas, verbais e psicológicas e traições por parte de Igor.

fonte: g1

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