Polícia

Foi preso o suspeito de matar jovem encontrada em represa

O aposentado Osvaldo Pereira de Sousa, de 66 anos, preso suspeito de matar Pâmela Carneiro de Araújo, de 19, disse à Polícia Civil de Goiás (PC-GO) que a vítima pediu carona a ele para encontrar uma amiga. Segundo o delegado Carlos Alfama, Osvaldo confessou que, com a moto, levou Pâmela à represa onde ela foi encontrada morta. A família diz que a vítima não tinha amigos e não saía sozinha de casa devido a uma deficiência mental

“Ela não tinha amizades. Minha mãe e meus irmãos vieram do Pará há cerca de dois meses quando aconteceu isso. As pessoas que ela conhecia eram da igreja que minha mãe vai, nas imagens ela estava voltando para casa”, desabafou Letícia Adriany, irmã de Pâmela.

Osvaldo foi preso no dia 20 deste mês e negou à polícia que tenha matado Pâmela, segundo o delegado. Apesar do depoimento, Alfama explicou que, não há nenhuma possibilidade da alegação de que Pâmela pediu carona para visitar uma amiga seja verdadeira porque, além do fato dela não ter amigos, o suspeito não a levou para a casa de ninguém, mas para o meio do mato.

“Não há como acreditar que esse indivíduo tenha levado uma pessoa com deficiência mental para as margens de uma represa, ficado com ela lá por volta de 15 a 30 minutos sem ter feito nada de mal com ela. Ela foi encontrada morta com diversas agressões nesse lugar em que ele confessa que a levou”, ponderou o delegado.

Segundo o delegado, com base no laudo cadavérico feito pela Polícia Científica e com as informações levantadas pela investigação, o suspeito asfixiou Pâmela, deixando “sinais de grave violência”.

Câmeras de segurança filmaram Osvaldo Pereira e Pâmela Carneiro em uma moto antes da jovem ser encontrada morta. O delegado explicou que Osvaldo usou usou uma flor para atrair Pâmela, que tinha uma deficiência mental.

“Então ele mantém uma conversa com ela durante alguns minutos, percebendo essa deficiência mental dela. Ele oferece uma flor para ela, usando essa flor para atraí-la, atrair a confiança. Depois, coloca a Pamela na garupa da moto e a leva para o local em que ela foi encontrada morta”, explicou Alfama.

Alfama, titular da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH), disse que a crueldade contra a vítima chamou sua atenção.

“O que mais chamou a atenção é a crueldade contra uma pessoa indefesa, uma pessoa que não causou mal nenhum ao autor. No homicídio, normalmente, a vítima tem uma desavença, um problema pessoal com o autor, mas nesse caso não. Ele matou uma pessoa que não tinha condições de se defender, que não tinha maldade nenhuma, tinha uma idade mental de uma criança”, falou Carlos Alfama.

A família, que mora no setor Belo Horizonte, denunciou o desaparecimento da jovem no dia 13 de março e o corpo de Pâmela foi encontrado no dia 14, em uma zona rural, no setor Residencial Campos Elísios.

Carlos Alfama explicou que, segundo Osvaldo, ele teria ficado com Pâmela perto da represa e depois a deixado sozinha. O delegado disse que questionou o suspeito sobre o motivo de um homem de 66 anos pegar uma jovem de 19 com deficiência mental e levá-la para um local afastado.

“Ele falou que se preocupava com ela. É uma narrativa que não faz sentido. Temos a certeza de que ele a levou para lá para tentar estuprá-la. Ela deve ter resistido, então ele a agrediu, asfixiando, e causando a morte da Pamela”, completou Alfama.

A polícia apreendeu as roupas e o capacete que o suspeito usava no dia do crime, o celular dele e a moto. As marcas da violência foram constatadas pelo laudo da Polícia Científica. Segundo o delegado, Pâmela tinham lesões na boca e no corpo, feitas antes e depois da morte.

Segunda a PC-GO, a divulgação da imagem e o nome do suspeito estão baseadas nos termos da Lei nº. 13.869/2019, portaria n.º 02/2020 – PC, Despacho do Delegado Geral, n.º 000010828006 e Despacho DIH/DGPC- 09555 para localizar testemunhas que auxiliem no esclarecimento do crime e identificação de possíveis novas vítimas.

Fonte: g1

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo