França e Reino Unido estão ‘fazendo tudo’ para acabar conflito na Ucrânia
Macron destacou a necessidade de “encontrar um resultado” para o conflito e de trabalhar com o Reino Unido no sentido de “desenvolver uma estratégia comum”.
O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou, esta sexta-feira, numa conferência de imprensa em Paris ao lado do primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, que França e o Reino Unido estão “fazendo tudo” para que a guerra na Ucrânia não se alastre para o resto do mundo.
Citado pela Sky News, o chefe de Estado sublinhou a necessidade de “encontrar um resultado” para o conflito e de trabalhar com o Reino Unido no sentido de “desenvolver uma estratégia comum” – como ao nível da cooperação energética.
Emmanuel Macron acrescentou, ainda, que os momentos de reunião com Rishi Sunak em Paris têm sido um momento de “reconexão” e um “novo começo” para a relação entre os dois países – tendo-lhes permitido “coordenar e construir melhor, em conjunto.
“Decidimos em conjunto ações concretas sobre a formação de segmentos militares ucranianos e de alto valor”, disse ainda no contexto desta conferência de imprensa conjunta, a propósito do apoio a prestar às tropas de Kyiv.
O primeiro-ministro britânico, por sua vez, acrescentou neste âmbito que também o Reino Unido vai treinar fuzileiros ucranianos e que ambos os países estão empenhados em garantir que a Rússia “nunca mais” transforme as necessidades energéticas do Ocidente numa arma.
Discursando, num outro âmbito, sobre a sua amizade com o chefe de Estado francês, Sunak apontou: “Aprendi muito rapidamente que, neste trabalho, há algumas coisas que se podem controlar e outras que não se podem controlar, e uma coisa que não se pode controlar é quem se obtém como contraparte internacional”.
Porém, disse ainda, em jeito de elogio: “Sinto-me muito afortunado por estar a servir ao seu lado”.
A guerra na Ucrânia, que se iniciou em 24 de fevereiro do ano passado, tirou já a vida a, pelo menos, 8.000 civis, com outros 13.000 a terem ficado feridos, segundo dão conta os mais recentes cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).
O chefe de Estado russo, Vladimir Putin, lançou a ofensiva com base na justificação de que se trataria de uma suposta batalha existencial contra o Ocidente, em nome do futuro da Rússia – e, também, destas ex-repúblicas soviéticas.
No que diz respeito a estes países, Estados Unidos, União Europeia e OTAN argumentam estarem apenas, de um modo legítimo, a construir laços com países que se tornaram independentes após a queda da União Soviética.