Mundo

Funeral da Rainha Elizabeth II

O caixão com o corpo da rainha Elizabeth II deixa o Westminster Hall às 10h44 (horário local) desta segunda-feira (19/09). Acompanhada pelo rei Charles III e outros membros da família real, a procissão segue até a Abadia de Westminster, área do Parlamento Britânico. Um dos sinos da abadia, onde são realizadas as coroações, os casamentos e os enterros dos monarcas britânicos há mil anos, vão tocar 96 vezes, idade da rainha na data de seu falecimento.

A cerimônia fúnebre começa por volta das 11h no horário de Londres ( 7h em Brasília), celebrada pelo deão de Westminster, David Hoyle e com sermão de Justin Welby, líder espiritual da Igreja Anglicana. Por volta das 11h55, soará a melodia “Las Post” usada em funerais militares das nações da Commonwealth.

No final desta cerimônia, que vai durar cerca de uma hora, o país inteiro vai realizar dois minutos de silêncio. Em seguida, o caixão da rainha será levado em uma montaria especial pelas ruas de Londres até o Wellington Arch, na capital britânica, acompanhado de 6.000 militares.

Corpo da rainha está sendo velado em câmara ardente de Westminster. Credito: divulgação/Reuters

Legenda da foto, Corpo da rainha está sendo velado em câmara ardente de Westminster

Quem foi convidado para o  funeral da rainha Elizabeth II

Os convites para o funeral da rainha foram enviados poucos dias depois da morte dela, e espera-se que compareçam quase 500 chefes de Estado e dignitários estrangeiros ao funeral na Abadia de Westminster, que tem capacidade para cerca de 2,2 mil pessoas.

Além de Bolsonaro, diversos líderes mundiais já chegaram a Londres para as cerimônias em torno do funeral da rainha. Entre eles, Joe Biden (presidente americano), Justin Trudeau (primeiro-ministro canadense) e Jacinda Ardern (primeira-ministra neozelandesa)

A lista de convidados ao funeral da rainha gerou polêmica no Reino Unido. Houve críticas ao convite feito ao príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, por causa das acusações de envolvimento dele com o assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi em 2018, dentro de um consulado saudita na Turquia. Salman nega qualquer envolvimento com o assassinato.

Outro que gerou controvérsia no Reino Unido foi o convite feito ao presidente chinês, Xi Jinping, por causa de acusações de crimes contra a humanidade que teriam sido cometidos contra uigures, uma etnia majoritariamente muçulmana com mais de 11 milhões de pessoas no noroeste da China. O governo chinês nega qualquer irregularidade.

Xi, no entanto, não deve comparecer ao evento. Segundo a BBC apurou, a delegação chinesa (caso compareça ao evento) teria sido barrada de visitar a câmara ardente, onde o corpo da rainha está sendo velado.

Há ainda aqueles que não foram convidados, entre eles os mandatários de Belarus, Síria, Venezuela, Afeganistão e Rússia.

As relações diplomáticas entre o Reino Unido e a Rússia entraram em colapso desde a invasão da Ucrânia pela Rússia no início de 2022, e um porta-voz de Putin disse na semana passada que ele “não estava cogitando” comparecer ao funeral.

Houve, por fim, convites ao Irã, à Coreia do Norte e à Nicarágua, mas apenas para os embaixadores, e não para os chefes de Estado.

Caixão revestido de chumbo,  assim o corpo da rainha Elizabeth II consegue suportar dias sem ser enterrado. Método impede a entrada de oxigênio e umidade, desacelerando a decomposição por até 1 ano.

A Rainha Elizabeth II morreu no dia 8 de setembro, mas ainda não foi sepultada. Seu funeral acontece apenas nesta segunda-feira (19). O corpo da monarca consegue suportar os 11 dias de cerimônias e transporte graças à forma a qual seu caixão foi feito.

Credito: divulgação/Reuters

Durante o ritual fúnebre de Elizabeth II, seu corpo permanece lacrado no caixão, que é feito de carvalho inglês e forrado com chumbo, fabricado há 30 anos.

O método usado para produzir o caixão é conhecido como “casca e caixa de chumbo”. Nele, um simples caixão interno é feito de madeira, coberto com chumbo e depois colocado dentro de um caixão externo, explica o jornal inglês The Telegraph.

Com isso, é possível barrar a entrada de oxigênio e umidade dentro do caixão, criando um ambiente hermético, que por sua vez evita que bactérias, fungos e vírus se proliferem.

Feito sob encomenda

 

A rainha será sepultada no Castelo de Windsor, na Capela Memorial do Rei George VI, ao lado de seu pai – a quem o nome da capela homenageia – e de seu marido, o prícipe Philip, morto em abril de 2021.

O caixão da rainha e o do Duque de Edimburgo foram encomendados há 30 anos.

O modelo foi desenvolvido por Henry Smith, que fechou a empresa em 2005. Ele também fez caixões de celebridades como Diana Dors, Freddie Mercury e Jimi Hendrix, aponta o jornal The Telegraph.

juo

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo