Gabinete de Crise encaminha mais de 800 pacientes a leitos de enfermaria e UTI
Reunião realizada nesta quinta-feira (12/12) contou com participação de representantes da SES-GO, da SMS de Goiânia e do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás – Fotos: Iron Braz
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) apresentou, nesta quinta-feira (12/12), , para o Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás (TCM-GO), Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado de Goiás (Cosems-GO) e Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), os resultados do Gabinete de Crise das UTIs de Goiânia. Essa iniciativa é realizada em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) e a equipe de transição do prefeito eleito, Sandro Mabel.
Em 16 dias de atuação, o Gabinete de Crise encaminhou 831 pacientes para leitos de enfermaria e UTI. Nesse período, não houve registro de óbitos de pacientes enquanto aguardavam por leitos intensivos.
O secretário estadual de Saúde, Rasível Santos, destacou que o acompanhamento diário das solicitações de leitos na capital resultou em avanços significativos, aprimorando os critérios de avaliação e reduzindo as solicitações diárias de vagas de UTI de 24 para 5, e de enfermaria de 174 para 78.
Ampliação da oferta de leitos
Além de otimizar o uso dos leitos existentes, o gabinete ampliou a oferta com a abertura de 20 leitos de UTI adulto no Hospital Ruy Azeredo, 16 leitos de UTI no Hospital das Clínicas (10 adultos e 6 pediátricos) e 40 leitos de UTI (20 adultos, 10 pediátricos e 10 neonatais) e 32 de enfermaria no Hospital Estadual de Águas Lindas.
“Esses resultados demonstram a eficácia da estratégia de organização e cooperação para melhorar a saúde da população”, afirmou Rasível.
Durante a apresentação dos números, o procurador-geral do Ministério Público de Contas do TCM-GO, Rafael Pandim, reforçou a importância do trabalho que vem sendo desempenhado e parabenizou os envolvidos, diante dos resultados já alcançados.
“É importante para gente ter essa visão macro e ver os resultados que têm sido alcançados e também ver aquilo que eventualmente faltou fazer […] Então quero agradecer e parabenizar toda a equipe”, pontuou.
A presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado de Goiás (Cosems-GO), Patrícia Fleury, ressaltou ainda como a situação enfrentada na capital tem impactado diretamente os 246 municípios goianos.
“O Sistema Único de Saúde se dá por diversas pactuações e acaba que a capital atende todos os municípios com serviços de média e alta complexidade. Mas saímos esperançosos, porque cada decisão é baseada em dados para direcionar cada ação”, frisou.
“Vejo uma evolução substanciosa, tanto na definição de diagnóstico quanto nas medidas necessárias para o enfrentamento da crise […] Quero cumprimentar cada um da equipe que integra esse gabinete e também aqueles que estão na ponta sentindo os efeitos deletérios da situação a que chegamos na saúde do município de Goiânia […] Então é com esperança que vejo o desenrolar das ações que tem sido feitas”, reforçou ainda o promotor de Justiça titular da 102ª Promotoria de Justiça de Goiânia, Mário Henrique Caixeta.
A reunião contou ainda com a participação de representantes do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO), que tem prestado auxílio direto, por meio da disponibilização de efetivo da corporação para tripular as ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) da capital.
“Viemos à Secretaria Estadual de Saúde para dar apoio nesse momento tão importante que a secretaria está encabeçando, junto com o Gabinete de Crise”, afirmou o comandante do Batalhão de Salvamento e Emergência do CBMGO, Marcos Vinícius Gonçalves.
Gabinete de Crise
O Gabinete de Crise foi criado pela SES-GO para apoiar a situação emergencial da saúde em Goiânia, com o objetivo de monitorar, planejar, estruturar, mobilizar e coordenar ações de preparação, alerta e resposta, envolvendo órgãos públicos estaduais e entidades em medidas integradas para mitigar a crise de saúde pública no município.
A instalação do gabinete é coordenada pela SES-GO e executada pelas unidades municipais, tanto na gestão quanto na área hospitalar, para monitorar o cenário geral.