Política

Gleisi Hoffman discute estratégia do PT para eleições municipais de 2024 em Goiás

A deputada federal Gleisi Hoffman e presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores – PT, esteve em Goiânia nesta segunda-feira (19/06) e discordou que não haja espaço para candidaturas competitivas em legendas de esquerda. “É importante dizer que o presidente Lula teve 41% dos votos aqui”, disse em entrevista coletiva com jornalistas.

“Não podemos dizer que Goiás é um estado de direita. É um estado que tem posições divididas”, introduziu para dizer que há espaços para candidaturas de legendas que se colocam na centro-esquerda. “Portanto, temos condições de disputar esse eleitorado e trazer isso para as eleições locais. Isso é algo importante”, avaliou Gleisi Hoffmann.

O que será feito a partir de agora, é discutir como as candidaturas petistas e de partidos aliados vão chegar ao eleitorado. “É essa a discussão estratégica que vamos fazer. Não discutimos isso com o Governo [Lula]. Estamos conversando internamente. Tenho visitado os estados e poder agregar toda essa discussão”, avaliou.

Presidenta Gleisi Hoffmann defende a definição ainda em 2023 da tática eleitoral do PT para as eleições municipais do ano que vem

A sua primeira agenda, às 10h, foi uma entrevista ao vivo a Jackson Abrão e Cileide Alves, do Jornal O Popular. Em seguida, às 11h, a deputada federal pelo Paraná se reuniu com a direção executiva estadual do PT-GO, com a direção municipal de Goiânia, com as bancadas da Assembleia Legislativa, deputados estaduais e federais e prefeitos e prefeitas da região.

Acompanharam Gleisi nas agendas a presidenta estadual do PT de Goiás, Kátia Maria, a deputada federal Adriana Accorsi, a deputada estadual Bia de Lima, entre outros.

De olho em 2024. Ela reforçou que um dos principais motivos da agenda em Goiás foi justamente esse: discutir ‘táticas’ para as eleições de 2024. “Eu vim para uma conversa e uma reunião com o PT e os partidos da Federação – o PV e o PCdoB. Para avaliar os efeitos do governo Lula aqui em Goiás, os projetos que estão chegando e os investimentos que são necessários mas também falar um pouco sobre o processo eleitoral de 2024”, salientou.

Frente ampla. Gleisi defende que as lideranças goianas mantenham diálogo com todas as legendas que estiveram juntos com a candidatura vitoriosa do presidente Lula em 2022. “Posso dizer a vocês que não faltará candidaturas do PT. Precisamos conversar com os partidos aliados. Queremos conversar com o PSB, o PDT, o MDB, o PSD, todos os partidos que se juntaram à nossa frente e apoiaram o presidente Lula no segundo turno. Isso é muito importante e não vamos perder essa expectativa”, completou.

Gleisi disse que a divulgação de relatório da Polícia Federal (PF) sobre o roteiro das mensagens encontradas no celular de Mauro Cid, ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, reforça o debate em torno do ataque à democracia e que esse plano começou a ser gestado antes de 8 de janeiro, com o não reconhecimento do resultado das eleições que elegeram Luiz Inácio Lula da Silva presidente da República pelo terceiro mandato. “Temos de reforçar a defesa da democracia. Acredito que Bolsonaro se tornará inelegível”, ponderou, em relação ao início do julgamento do ex-presidente pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta quinta-feira (22).

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