Goiás tem 51.794 diagnóticos confirmados e 21 mortes por dengue em 2023
Segundo a Secretaria de Saúde de Goiás (SES-GO) mostram que 21 pessoas foram vítimas fatais da dengue neste ano no Estado. A pasta investiga ainda 27 óbitos suspeitos da doença. Goiânia e Caldas Novas lideram os casos de mortes registradas. Respectivamente, são quatro e três mortes. Já os casos confirmados da doença do aedes aegypti chegam aos 51.794.
Proporcional à população, a dengue tipo 1 e 2 aparecem com mais casos em Jataí, 260 registros; Jaraguá (103); e Palmeiras de Goiás (51). Essas três e outras 13 cidades são monitoradas e classificadas como de “médio risco”. Todos estão com incidências superiores a 100 registros.
Embora esteja fora dessa classificação, Goiânia soma 660; Aparecida de Goiânia, 522; e Anápolis, 333. Elas são citadas com “baixo risco”. Aparecida registrou, no período, uma morte em decorrência da dengue e em Anápolis nenhum óbito.
Goiânia soma 660 diagnósticos confirmados; Aparecida de Goiânia, 522; e Anápolis, 333. Elas são citadas com “baixo risco”. Aparecida registrou, no período, uma morte em decorrência da dengue e em Anápolis nenhum óbito.
De acordo com coordenador estadual de Dengue, Chikungunya e Zika da SES-GO, Murilo do Carmo, plano orienta os órgãos de saúde para atuação em três momentos, de acordo com o cenário epidemiológico: fase inicial, de alerta e de emergência.Para todas essas, estão previstas ações como visitas domiciliares, monitoramento de casos, distribuição de inseticidas e fiscalização sanitária. Já a frequência varia conforme a necessidade de cada região e o nível de risco dos municípios. “Todas as ações que o Estado precisa desenvolver estão nesse documento, seja em fase confortável, seja em fase de epidemia”, complementa Murilo.
Além das ações permanentes, a coordenadoria de Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Aparecida realiza mais um mutirão de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como a dengue, chikungunya e zika. As atividades são feitas das 8h às 16h, se iniciaram no último dia 11 e se estendem até sábado, 18 de março.
A força tarefa reúne 65 profissionais que fazem uma varredura nos bairros Jardim Buriti Sereno I, II, III e IV, Goiânia Park Sul e Jardim Boa Esperança I. Também são utilizados 5 veículos utilitários e 12 motocicletas, como informa a coordenadora de Vigilância Ambiental Deizy Clébia Fernandes Gomes.
Os trabalhos se dividem em visitas domiciliares, ações educativas, passagem da camionete do fumacê e recolhimento de pneus descartados incorretamente. A iniciativa visa evitar o surgimento e destruir criadouros já existentes do mosquito e fazer a destinação sustentável das carcaças de pneus recolhidos, que são encaminhadas para a empresa Reverso Reciclagem de Pneus Ltda.
A SMS orienta que, além da importância da contribuição de cada pessoa para o combate ao mosquito, mantendo os imóveis sem quaisquer reservatórios de água parada, a população também pode auxiliar na proteção à cidade solicitando o serviço de coleta de pneus.
Como diferenciar Covid e Dengue
O Brasil registrou quase 160 mil casos de dengue entre janeiro e fevereiro de 2023, segundo o Ministério da Saúde. Um aumento de 46% em relação ao mesmo período de 2022. No ano passado, Goiás foi o segundo estado do País em mortes por dengue.
As reações no organismo podem ser confundidas, e é preciso atenção para distingui-las. A enfermeira e professora do curso de enfermagem da Faculdade Anhanguera, Dienit Verissimo, diz que a febre é o principal motivo da ‘confusão’, pois ela é comum nas doenças citadas. “Nos primeiros dias as enfermidades têm sinais parecidos, mas com o tempo os quadros apresentam novos sintomas. Febre, dores de cabeça e no corpo, mal-estar são alguns dos sintomas da dengue, que também costumam ser manifestados pelos pacientes que contraem Covid-19, o que pode gerar dúvida no diagnóstico”, afirma.
A dengue é uma doença infecciosa causada por um vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. A orientação é observar algumas condições do corpo que podem ser divergentes de uma doença para a outra. “Na maioria dos casos, os sintomas da dengue duram até dez dias, dores nas articulações são características marcantes, manchas vermelhas pelo corpo, fraqueza, dor atrás do olho”, comenta.
A docente acrescenta que é importante observar os sinais respiratórios e gripais. “A dor de garganta, congestão nasal, tosse seca, coriza etc., são comuns na Covid-19, mas isso não é frequente nas arboviroses”, explica.
Vacina contra a doença
Vale lembrar que, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro de uma nova vacina contra a dengue, a Qdenga, do laboratório japonês Takeda Pharma. É o primeiro imunizante liberado no Brasil para pessoas que nunca entraram em contato com o vírus, mas ele também poderá ser aplicado em quem também já teve a doença.
De acordo com a Anvisa, a vacina é indicada para a faixa etária de 4 a 60 anos e é aplicada em um esquema de duas doses, com intervalo de três meses entre as aplicações. A vacina é composta por quatro sorotipos diferentes do vírus causador da doença.
Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás, Flúvia Amorim, esse imunizante pode ser incorporado no Plano Nacional de Imunização (PNI), mas ainda não há uma data para isso. Alguns laboratórios privados já estimam a revenda da vacina no segundo semestre deste ano.