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Gonçalves Dias diz a PF que não prendeu golpistas porque fazia “gerenciamento de crise”

O general Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, afirmou nesta sexta-feira (21/4), em depoimento à Polícia Federal (PF), que não prendeu os golpistas no Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro pois estava fazendo “gerenciamento de crise”.

O ex-ministro chegou na sede da Polícia Federal na Asa Norte em Brasília, por volta das 8:45h e deixou o local pouco depois das 13:30h. O ministro Alexandre de Moraes determinou que Gonçalves Dias fosse ouvido após o militar aparecer em imagens circulando nas dependências do Palácio do Planalto, no dia 8 de janeiro.

No depoimento, o general afirmou que “ao perceber a ineficiência das forças de segurança”, solicitou apoio do Comando Militar do Planalto, por volta de 14h50, momento em que chegou ao palácio. O local foi invadido cerca de 50 minutos depois, segundo a PF, às 15h41.

Gonçalves Dias alega que, ao entrar no Palácio, se dirigiu ao quarto andar, onde viu invasores sendo retirados por agentes do GSI. “Após descer para o terceiro andar, [Dias] fez uma varredura e encontrou outros invasores na sala e conduziu essas pessoas à saída”, diz o documento da oitiva.

Questionado por que não prendeu esses invasores, o general afirmou que estava fazendo um “gerenciamento de crise” e que essas pessoas seriam presas no segundo andar, pois seria “protocolo” e ele não teria “condições materiais de fazer as prisões sozinho”.

Sobre o militar que deu uma garrafa d’água a um extremista, Gonçalves Dias afirmou que houve um corte nas filmagens que deu a entender que ele estava presente naquele momento, o que não teria acontecido.

Nesta sexta-feira, Moraes determinou que o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência envie, em até 48 horas, as imagens das câmeras de segurança do Palácio do Planalto de 8 de janeiro. O magistrado também derrubou o sigilo das gravações.

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