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Hamas divulga vídeo de refém israelense

Mia Schem é uma refém com cidadania israelense e francesa. Ela aparece com o braço engessado e afirma que quer voltar para casa.

No dia 7 de outubro, quando o grupo terrorista Hamas atacou o território israelense, os combatentes sequestraram 199 pessoas em Israel que agora são reféns na Faixa de Gaza, segundo os números do governo israelense.

Nesta segunda-feira (16), o Hamas divulgou um vídeo que mostra uma dessas reféns. Segundo o jornal “Times of Israel” e “Haaretz”, trata-se de Mia Schem, de 21 anos, que tem cidadanias francesa e israelense. Os jornais afirmam que ela foi raptada em uma festa rave que foi atacada pelos terroristas do Hamas.

Schem aparece com um braço engessado e afirma que foi operada durante três horas e que está recebendo cuidados e remédios. Ela afirma que só pede para voltar para casa assim que possível, para a família, para os parentes, para os irmãos. “Por favor me tirem daqui assim que possível”, afirma.

O Hamas ameaçou executar os reféns em caso de ataques de Israel contra civis na Faixa de Gaza.

Mais tarde, um importante líder do Hamas afirmou que “tem o que precisa” para libertar todos os palestinos de prisões de Israel. Ele também indicou que o grupo pode tentar usar os reféns como barganha para assegurar a libertação de prisioneiros da Palestina.

Pouco depois de Khaled Meshaal ter feito os comentários sobre os prisioneiros, que incluem israelenses e não israelenses sequestrados pelo Hamas no dia 7 de outubro, o braço armado do grupo anunciou que os não israelenses são “convidados” que serão soltos “quando as circunstâncias permitirem”.

Na segunda-feira (16), o chefe da diplomacia da Turquia, Hakan Fidan, conversou por telefone com o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, sobre a possibilidade de libertação dos reféns.

Até a publicação desta reportagem, os números de vítimas no confronto que começou no dia 7 de outubro são os seguintes:

  • Mais de 1.400 pessoas, a maioria civis, foram mortas no ataque do Hamas, e 199 foram feitas reféns. O Hamas afirma que o número de reféns é 250.
  • Os bombardeios do Exército israelense lançados em retaliação contra a Faixa de Gaza deixaram pelo menos 2.750 mortos, a maioria civis, e entre eles centenas de crianças, segundo as autoridades locais.

Quais são as provas de vida?

O governo de Israel identificou 199 reféns, civis e soldados, e atualizou um balanço anterior que falava de 126 cativos nas mãos do Hamas.

Entre os reféns há soldados israelenses, mulheres, crianças, idosos, trabalhadores estrangeiros e pessoas com dupla nacionalidade.

As provas do sequestro vêm de imagens gravadas e divulgadas pelo próprio Hamas no momento dos sequestros, em 7 de outubro ou depois.

O Hamas afirma que 22 reféns já morreram em bombardeios israelenses. Este número não é verificável.

Como Israel opera?

A inteligência militar, e o general Nitzan Alon em particular, estão encarregados desta questão, na qual o Exército afirma implementar “esforços colossais”.

De forma inédita e híbrida, uma plataforma de “milhares de voluntários, que inclui especialistas da sociedade civil e reservistas da famosa unidade de inteligência 8200, ajudam em um quartel-general comum na identificação e localização dos reféns”.

Por sua vez, as famílias estão reunidas em um “fórum para famílias de reféns e desaparecidos”, mobilizado com recursos próprios.

Nesta segunda-feira, Israel nomeou Gal Hirsch, um general que já foi acusado em um caso de corrupção, como coordenador para resolver a crise dos reféns. Sua nomeação foi criticada por vários especialistas.

Um negociador do FBI também está presente, já que vários cidadãos americanos estão entre os reféns.

Israel possui uma unidade de elite de inteligência de seu Exército que é a mais adequada para intervir neste tipo de cenário: a Sayeret Matkal. Entre outras coisas, é responsável pelo resgate de reféns fora das fronteiras.

A principal dificuldade permanece em meio ao caos dos bombardeios para localizar esses reféns, sabendo que o Hamas é conhecido por operar sob um sistema de células muito descentralizadas.

Há canais internacionais?

No momento, nenhum canal oficial foi divulgado.

Além da possível mediação do Egito, histórico negociador entre Israel e o Hamas, o presidente turco Recep Tayyip Erdogan e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) afirmam que dialogam com o movimento islamita palestino.

“Como intermediários neutros, estamos prontos para realizar visitas humanitárias, para facilitar a comunicação entre os reféns e suas famílias e qualquer possível libertação”, declarou o diretor regional do CICV para o Oriente Médio.

Fonte: g1

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