Hamas liberta 13 reféns israelenses e quatro estrangeiros, após impasse
Um veículo da Cruz Vermelha transportando reféns israelenses passa pela passagem da Faixa de Gaza para o Egito, em Rafah, no sábado, 25 de novembro de 2023. – Foto: AP Photo/Fatima Shbair
Após um impasse neste sábado (25), o Hamas libertou 13 reféns israelenses e quatro estrangeiros, de acordo com o Catar. O grupo de 17 pessoas já chegou em Israel, afirmou o governo.
Primeiramente, a Cruz Vermelha confirmou que o segundo grupo de reféns libertados estava a caminho da passagem de Rafah, na fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito.
Depois de chegarem ao Egito, a informação também foi confirmada pelo porta-voz do Catar.
Ainda segundo o Catar, foram soltos 13 reféns israelenses e quatro estrangeiros tailandeses. Entre os israelenses estão cinco mulheres e oito crianças.
Todos os reféns foram levados para uma base militar em Israel e serão encaminhados para hospitais.
A libertação de reféns foi retomada depois que Israel e Hamas resolveram impasses e disputas sobre termos foram acertadas, afirmou o Catar neste sábado (25). O Hamas havia adiado a entrega do segundo grupo de reféns nesta manhã depois de acusar Israel de impedir a entrada de ajuda humanitária entre na Faixa de Gaza.
A medida ocorre em meio a um acordo entre Israel e Hamas, que prevê uma trégua de quatro dias nos combates, em Gaza.
Ao todo, a expectativa é que 50 reféns poderão se reunir com suas famílias nos próximos dias. O governo de Israel acredita que 240 pessoas de diversas nacionalidades estavam sob o poder do Hamas desde 7 de outubro.
Até esta sexta, só quatro pessoas tinham sido libertadas: duas mulheres americanas e duas mulheres israelenses.
Reféns liberados pelo grupo terrorista Hamas no 2º dia de cessar-fogo – Foto: Reuters
O acordo começou a vigorar às 7h no horário local (2h em Brasília). O cessar-fogo vale no norte e no sul de Gaza, informou o Ministério das Relações Exteriores do Catar, que mediou o acordo. O Hamas confirmou em seu canal no Telegram que todas as hostilidades de suas forças vão cessar.
O Catar disse que uma sala de operações em Doha vai monitorar a trégua e a libertação dos reféns, e que mantém linhas diretas de comunicação com Israel, com o escritório político do Hamas em Doha e com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).
O Egito, que também está envolvido na mediação, recebeu listas de reféns e prisioneiros que devem ser libertados e pediu a ambos os lados que respeitem o acordo, disse Diaa Rashwan, chefe do serviço de informações do Estado egípcio, em um comunicado.
Segundo o presidente do Serviço Estatal de Informação do Egito, Diaa Rashwan, o país tem tido longas conversas com Israel e Hamas para tentar entrar um acordo sobre estender o acordo de quatro dias de trégua, o que significaria “a soltura de mais reféns detidos em Gaza e prisioneiros palestinos”.