Indicações de Lula ao STJ estão travadas no Senado; aliados de presidente veem movimento como pressão por PGR
Para se tornarem ministros de fato, a advogada Daniela Teixeira e os desembargadores José Afrânio Vilela e Teodoro Silva Santos precisam ser sabatinados pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e passar por uma votação da Casa. Até agora, no entanto, não há previsão para que esse rito aconteça.
Aliados de Lula disseram enxergar o movimento do presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), como pressão para tentar influenciar a escolha do presidente para o comando da Procuradoria-Geral da Republica (PGR).
Durante a cerimônia de posse do ministro Luís Roberto Barroso na presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), na última quinta-feira (28), Alcolumbre chegou a cruzar com a advogada Daniela Teixeira e a ser provocado pela data da sabatina, mas o senador desconversou.
Nos bastidores, pessoas próximas ao presidente Lula acreditam que o rito no Senado só será levado adiante quando houver a definição do próximo procurador-geral da República.
Assim como uma série de integrantes do Congresso, Alcolumbre defendia a recondução de Augusto Aras na Procuradoria-Geral da República.
Com ele fora da disputa, no entanto, o vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet, passa a ser o favorito de integrantes do Legislativo.