Economia

Inflação sobe 0,56% em outubro e fura o teto da meta em 12 meses, diz IBGE

Preço dos alimentos saltou mais de 1% em outubro – Imagem: Danilo Verpa/Folhapress

A inflação oficial de preços ganhou força e subiu 0,56% em outubro, ante alta de 0,44% em setembro, segundo dados apresentados nesta sexta-feira (8) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). As projeções sinalizavam para alta de 0,53% do índice.

Diante da aceleração, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) acumula alta de 4,76% nos últimos 12 meses, desempenho acima do limite da meta definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) para este ano.

A inflação oficial de preços ganhou força e subiu 0,56% em outubro, ante alta de 0,44% em setembro, segundo dados apresentados nesta sexta-feira (8) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). As projeções sinalizavam para alta de 0,53% do índice.

Diante da aceleração, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) acumula alta de 4,76% nos últimos 12 meses, desempenho acima do limite da meta definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) para este ano.

Inflação em 12 meses é a mais alta desde outubro de 2023. Com as duas acelerações após a leve deflação de 0,02% registrada em agosto, a inflação oficial acumula alta de 4,76% entre novembro de 2023 e outubro de 2024. Somente neste ano, a variação dos preços alcança 3,88%.

IPCA volta a apresentar variação acima do teto da meta. Com os resultados recentes, a inflação do Brasil aparece acima da margem de tolerância de 1,5 ponto percentual da alta de 3% idealizada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) para 2024. As bandas que o IPCA oscile entre 1,5% e 4,5% neste ano.

Mercado financeiro prevê furo do limite da meta neste ano. As últimas projeções apresentadas pelo Relatório Focus, do BC (Banco Central), estimam que o IPCA deve fechar 2024 em 4,59%. Conforme as expectativas, o resultado será motivado por altas de 0,2% do índice em novembro e de 0,55%, em dezembro.

Conta de luz foi novamente a vilã do bolso dos brasileiros. O preço das tarifas de energia elétrica residencial saltaram 4,74% no mês passado, com a adoção da bandeira vermelha patamar 2, que acrescenta R$ 7,87 a cada 100 kw/h consumidos. Em setembro, a cobrança adicional foi referente a bandeira vermelha patamar 1, que adiciona R$ 4,46 a cada 100 kw/h.

Inflação subiu em todos os locais pesquisados pelo IBGE em outubro. A maior variação, de 0,8%, foi apurada em Goiânia (GO), puxada pelas altas do tomate (26,88%) e da energia elétrica residencial (9,76%). Por outro lado, a menor variação, de 0,09%, foi observada em Aracaju (SE). Cidade com maior peso para o índice, São Paulo (SP) registrou alta de 0,67% dos preços.

Alimentos mais caros

Grupo de alimentos e bebidas apresentou alta de 1,06% em outubro. A variação é a maior desde dezembro (1,11%) e foi motivada pela aceleração de preço dos produtos consumidos no domicílio, que passou de uma alta de 0,56% em setembro para 1,22%.

Inflação das carnes foi a maior desde novembro de 2020 (6,54%). O preço da proteína saltou 5,81%, com altas expressivas do acém (9,09%), da costela (7,4%), do contrafilé (6,07%) e alcatra (5,79%).

O aumento de preço das carnes pode ser explicado por uma menor oferta desses produtos, por conta do clima seco e uma menor quantidade de animais abatidos, e um elevado volume de exportações. –
André Almeira, gerente do IPCA

Alimentação fora de casa também pesou no bolso do consumidor. A alta de 0,65% também é superior à registrada em setembro (0,34%). A variação ocorreu com o aumento de 0,53% da refeição e de 0,88% do lanche.

Custo dos transportes recua

Deflação de 0,38% do grupo foi puxada pelo preço das passagens aéreas. A queda de 11,5% no valor dos bilhetes respondeu por um impacto de 0,07 ponto perceptual no resultado do IPCA.

Eleições deixam tarifas de transporte público mais baratas em outubro. Segundo os dados do IBGE, as gratuidades concedidas à população nos dias de votação determinaram no resultado negativo da inflação do trem (-4,8%), do metrô (-4,63%), do ônibus urbano (-3,51%) e da integração transporte público (-3,04%).

Preço dos combustíveis também aliviaram o bolso dos motoristas. No mês passado, a queda de 0,17% do subgrupo foi motivada pelo barateamento dos valores cobrados pelo etanol (-0,56%), óleo diesel (-0,2%) e gasolina (-0,13%). Por outro lado, o gás veicular registrou alta de 0,48% no mês.

Veja a variação de cada um dos grupos
Habitação: 1,49%
Alimentação e bebidas: 1,06%
Despesas pessoais: +0,7%
Comunicação: +0,52%
Artigos de residência: +0,43%
Saúde e cuidados pessoais: +0,38%
Vestuário: +0,37%
Educação: +0,04%
Transportes: -0,38%.

fonte: uol

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