Irã lança ataque contra Israel com drones e mísseis, neste sábado (13)
Imagem da cidade de Tel Aviv na noite do dia 13 de abril de 2024, quando o Irã enviou drones para atacar Israel – Foto: Reprodução vídeo/Reuters
O Irã lançou um ataque com drones contra Israel em um ato de retaliação, neste sábado (13). “Compreendemos essas ameaças e já lidamos com elas no passado”, afirmou o porta-voz das forças armadas israelenses, Daniel Hagari.
Segundo as Forças de Defesa de Israel, a ameaça sobre o espaço aéreo do país já estava sendo monitorada pelas autoridades. Os serviços de GPS devem ficar indisponíveis em algumas áreas do território israelense para que os militares possam lidar com a situação, de acordo com o porta-voz.
Mais cedo, antes das falas do porta-voz confirmando os ataques, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, emitiu um comunicado dizendo que o país estava preparado para eventuais ataques iranianos.
“Determinamos um princípio claro: quem nos ferir, também será ferido. Nos defenderemos contra qualquer ameaça e faremos isso com equilíbrio e determinação”, afirmou o primeiro-ministro.
Em sinal de apoio dos Estados Unidos, a Casa Branca disse que o presidente Joe Biden se reunirá ainda neste sábado com sua equipe de segurança nacional para tratar da questão e que o apoio americano ao aliado no Oriente Médio é “inflexível”.
“Os Estados Unidos estarão com o povo israelense e vão apoiar sua defesa contra os ataques do Irã”, frisou a Casa Branca em comunicado.
O que se sabe sobre o ataque do Irã
- O Irã enviou drones para atacar o território de Israel neste sábado.
- Os drones podem demorar horas para chegar até o alvo.
- Pessoas no Iraque, país vizinho do Irã que fica no caminho para Israel, afirmam que viram mais de 20 drones nos ares.
- As forças de defesa israelenses afirmaram que estão preparadas para o ataque.
- O ataque é uma retaliação do Irã contra Israel: em 1º de abril, a embaixada iraniana na cidade de Damasco, na Síria, foi atingida, e sete pessoas morreram —entre elas, um comandante sênior da Guarda Revolucionária do Irã.
Antes mesmo do ataque, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que Israel estava de prontidão para um ataque direto do Irã e que responderia da mesma forma.
“Nossos sistemas de defesa estão em prontidão e estamos preparados para qualquer cenário”, disse ele.
Segundo fontes da agência de notícias Reuters, autoridades de defesa da Jordânia decretaram estado de emergência e afirmaram que estão prontas para interceptar e derrubar drones que invadirem seu espaço aéreo (um drone que decola do Irã e tem Israel como alvo precisa passar pela Jordânia).
No ataque deste sábado, as forças iranianas lançaram mais de 200 drones e mísseis (balísticos e de cruzeiro) em direção ao território israelense. No caminho, parte deles foi derrubada por aeronaves de Israel, dos EUA, do Reino Unido e da Jordânia. Perto das 20h, as primeiras explosões e sirenes de aviso foram ouvidas em Jerusalém.
O serviço nacional de emergência médica israelense informou que uma menina de 10 anos ficou gravemente ferida, no deserto de Negev, por estilhaços de um artefato para interceptar drones. Um centro militar foi atingido, sem maiores prejuízos.
Às 19h, ainda antes de os artefatos chegarem a Israel, a missão do Irã na Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que a investida militar estava encerrada, referindo-se a ela com uma “ação legítima” e uma resposta ao bombardeio de Israel que, em 1º de abril, atingiu o consulado iraniano na Síria, matando o comandante da Guarda Revolucionária Iraniana, Mohammad Reza Zahedi.