Jovem viaja do Pará ao RS para conhecer namorado da internet e acaba morta e carbonizada
Segundo a delegada que investiga o caso, Laila Vitória Rocha estava em Porto Alegre havia menos de um mês.
O corpo de Laila Vitória Rocha, de 21 anos, foi encontrado carbonizado em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, no último sábado (25). Segundo a delegada do caso, Cristiane Pires Ramos, a jovem morava em Parauapebas, no sudeste do Pará, e estava fazia um mês na capital gaúcha, onde vivia com o namorado, André Avila Fonseca, mais conhecido nas redes como Victor Samedi.
Cristiane contou que, no sábado, vizinhos ouviram disparos de arma de fogo após uma discussão entre um casal. Durante a briga, a mulher gritava por socorro.
Ao chegarem ao local, os policiais encontraram Laila já morta. Além dos tiros, o assassino ateou fogo na vítima.
Imagens de dentro da residência mostram esculturas, quadros e uma espada pendurada na parede, que chamaram a atenção da polícia durante a investigação.
Segundo a Polícia Civil, a jovem viajou do Pará ao Rio Grande do Sul para conhecer o homem que se apresenta na internet como “especialista em magia”. Ela foi morta com uma espada e teve seu corpo queimado na madrugada de domingo, 26.
A delegada Cristiane Pires Ramos, responsável pelo caso, ressalta se tratar de feminicídio. A vítima, Laila Vitória, conheceu o homem pelas redes sociais, onde ele se apresentava como um “bruxo” em uma religião criada por ele mesmo, com estátuas, imagens e uma divindade específica.
Em nota o advogado de André Avila, Jean Maicon Kruse, negou participação de seu cliente no homicídio.
“A defesa do Sr. André informa que o defendido não praticou os atos a ele imputados na forma que vem sendo estampado em alguns veículos de imprensa local. É necessário esclarecer que com extrema brevidade e no transcurso das investigações a defesa demonstrará a verdade real dos fatos. Sua defesa nega com veemência que os fatos apurados nas investigações possuam motivações religiosas. A defesa do assistido já manteve contato com a autoridade policial gaúcha para mediar a apresentação espontânea de seu cliente, o qual se colocará imediatamente à disposição para colaborar e contribuir com a elucidação dos fatos e busca da verdade”, disse o defensor em nota.