Justiça concede o benefício de progressão de pena ao regime aberto e Suzane von Richthofen é solta após 20 anos
Nesta quarta-feira, o TJ-SP concedeu a progressão de pena, o cumprimento ao alvará de soltura ocorreu às 17h35, quando a detenta saiu da carceragem da Penitenciária Feminina 1 “Santa Maria Eufrásia Pellier” de Tremembé, no interior paulista.
Entenda as regras que a condenada pela morte dos pais Manfred Albert von Richthofen e Marísia von Richthofen, em 2002, terá que seguir nessa fase final do cumprimento de pena.
O advogado criminalista Fernando Castelo Branco explicou que a sentenciada pode continuar trabalhando e estudando durante o dia como acontecia no regime semiaberto, que Suzane cumpria desde 2015.
Agora, a diferença é que, no período noturno, ela deve se recolher em sua residência ou em uma casa de albergado.
“As casas de albergado são estabelecimentos para pessoas que tem pouco potencial agressivo e estão em fase final de cumprimento de pena. Em razão do bom comportamento, não representam uma ameaça a sociedade. Existem cerca de 70 casas no Brasil, das quais apenas quatro são destinadas para mulheres”, afirma Castelo Branco.
Como o número de estabelecimentos prisionais destinados a mulheres em regime aberto é pequeno, para o advogado criminalista, provavelmente Suzane vai permanecer em prisão domiciliar.
Neste caso, ela deve seguir algumas regras determinadas pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, como:
– Se recolher das 22h às 5h;
– Não andar na companhia de pessoas que estejam cumprindo pena ou de adolescentes cumprindo medida socioeducativa;
– Nunca portar armas de fogo;
– Permanecer em casa aos feriados e domingos;
– Não usar bebidas alcoólicas ou substâncias ilícitas
– Não frequentar locais de prostituição, jogos ou bares.
Caso alguma condição do regime domiciliar seja descumprida, Suzane pode perder o benefício e retormar para o sistema prisional.
Caso von Richthofen
Suzane foi condenada originalmente a 39 anos de prisão em regime fechado. Desde 2015, ela cumpria pena em regime semiaberto em Tremembé, no interior de São Paulo.
Daniel Cravinhos acabou condenado a 39 anos e 6 meses em regime fechado, mas deixou Tremembé em 2017, após autorização para cumprir pena em regime aberto.
O irmão de Daniel, Cristian Cravinhos, também participou dos assassinatos e recebeu pena de 38 anos e 6 meses em regime fechado. Ele chegou a conseguir liberação para o aberto, mas após ser preso em 2017 por tentativa de suborno perdeu o direito.