Justiça da Venezuela emite mandado de prisão de Edmundo González
Edmundo Gonzalez Urrutia, o candidato da oposição na Venezuela – Foto: Juan Barreto/AFP
A Justiça da Venezuela acatou um pedido do Ministério Público e emitiu mandado de prisão contra o opositor Edmundo González, que concorreu à eleição presidencial de julho. O documento expedido pela Justiça foi compartilhado pelo MP nesta segunda-feira (2).
O Ministério Público acusa González dos crimes de usurpação de funções, falsificação de documento público, instigação à desobediência às leis, associação para a prática de crime e formação de quadrilha. O opositor nega todas essas acusações.
O pedido foi anunciado nas redes sociais nesta segunda e acontece depois de González não ter comparecido à terceira convocação para depor sobre o site “Resultados com VZLA”, que publicou supostas atas da eleição presidencial de 28 de julho.
González disputou a Presidência da Venezuela contra Nicolás Maduro. A oposição acusa o governo de fraude.
O procurador-geral Tarek Saab afirmou que as intimações tinham como objetivo colher o depoimento de González sobre a publicação de atas impressas das urnas eleitorais em um site.
O mandado de prisão diz que González deve ser colocado à disposição do MP imediatamente após sua detenção.
A oposição usa os dados das atas para argumentar que Edmundo González venceu a eleição presidencial de 28 de julho. Mais de 80% de todos os documentos emitidos pelas urnas foram publicados pelo grupo opositor em um site.
Veja a integra do mandado de prisão contra Edmundo González
A líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado, criticou a emissão do mandado de prisão contra o candidato presidencial, Edmundo González, nesta segunda-feira (2).
“Maduro perdeu completamente o contato com a realidade. O mandado de prisão emitido pelo regime para ameaçar o presidente eleito Edmundo González ultrapassa uma nova linha que apenas fortalece a determinação do nosso movimento. Os venezuelanos e as democracias ao redor do mundo estão mais unidos do que nunca em nossa busca pela liberdade”, afirmou Corina Machado.