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Justiça Eleitoral manda soltar 5 presos na “Operaçao Fundo do Poço”

O presidente do Solidariedade, Eurípedes Júnior, continua preso. Foto: Reprodução/Redes Sociais

A Justiça Eleitoral determinou a soltura de cinco pessoas presas pela Polícia Federal na Operação Fundo no Poço, que apura um suposto esquema de desvio em 2022 de verbas partidárias do PROS (legenda que foi incorporada ao Solidariedade em 2023).

Na última segunda-feira (17), o Solidariedade elegeu como seu novo presidente Paulinho da Força (SP).

Com a decisao somente o suspeito de ser o lider do esquema criminoso Eurípedes Gomes Júnior (presidente licenciado do Solidariedade) e Felipe Espírito Santo (secretário de assuntos legislativos da sigla), também investigado no suposto esquema, permanecem presos.

Na sexta-feira (21), o ministro Raul Araújo, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou a soltura do advogado Bruno Pena, que foi apontado pela Polícia Federal (PF) como testa de ferro de Eurípides Junior no suposto esquema de desvio de recursos eleitorais. Para o ministro Raul Araújo, não há elementos que justifiquem a prisão.

“Não há indicação concreta de quais empresas fantasmas foram criadas, tampouco por quais meios e em quais datas, apenas como exemplo, sendo genéricas as razões lançadas acerca do preenchimento dos requisitos de ordem pública e conveniência para instrução criminal, sob o fundamento de que o paciente poderia, ainda, ‘manipular provas'”, escreveu o ministr na sua decisão.

Neste sábado (22), o juiz Lisandro Gomes Filho, da 1ª Zona Eleitoral do Distrito Federal, determinou a soltura de mais quatro presos, que terão de cumprir medidas cautelares. São eles:

  1. Armisson Gonçalves de Lima
  2. Cíntia Lourenço da Silva
  3. Alessandro Sousa da Silva
  4. Fabrício George Gomes da Silva

A decisão foi tomada porque os investigados alegaram problemas de saúde ou necessidade de auxiliar familiares em tratamentos.

O Juíz determinou, no entanto, que os quatro soltos cumpram as seguintes medidas cautelares:

  • não podem manter contato com os demais investigados e pessoas relacionadas a fatos investigados pela Polícia Federal.
  • recolhimento domiciliar à noite e nos dias de folga.
  • uso de tornozeleira eletrônica.

Suspeita de desvios milionários

As investigações começaram a partir de uma denúncia feita por do então presidente do PROS, Marcus Vinicius Chaves de Holanda, que acusou Eurípedes Júnior de desviar cerca de R$ 36 milhões do PROS.

No dia 12 de junho, os policiais federais foram às ruas para bloquear R$ 36 milhões e 33 imóveis do grupo.

Na ocasião, Eurípides não foi encontrado em casa pelos agentes durante a operação. Ele tinha uma viagem marcada, mas também não compareceu ao aeroporto. O dirigente partidário chegou a ter o nome incluído na lista vermelha da Interpol, antes de se entregar no último sábado (15).

Na última terça-feira (18), ele foi transferido da Superintendência da PF no Distrito Federal para a Papuda.

PF apreendeu em Goiânia helicóptero que teria sido comprado com dinheiro público desviado de fundos do PROS – Foto: Divulgação/PF

Os mandados foram autorizados pela Justiça Eleitoral do Distrito Federal. Em Goiás, a PF apreendeu R$ 26 mil em espécie.

Também foi apreendido, em Goiânia, um helicóptero registrado em nome do PROS. A aeronave teria sido adquirida com recursos públicos desviados dos fundos do partido. O helicóptero teria custado R$ 2,4 milhões.

A aeronave, modelo R66, estaria sendo usada somente pra fins particulares do presidente do Solidariedade, Eurípedes Junior. Ele também emprestava o helicóptero para amigos e familiares, segundo os investigadores.

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