Lady Gaga em Copacabana – Foto: Reprodução
Após longos oito anos de um dos memes mais famosos da história, Lady Gaga retribuiu à espera dos littles monsters. A norte-americana não fez apenas um show. Deu perfeitamente para entender que o talento vai além da música. Em cena, ela entrega uma performance dramática digna das peças mais exigentes.
O show de Lady Gaga foi dividido em vários atos. O que se viu em cima do palco, para além de um megashow espetacular, foram cenas dignas das melhores peças de teatro. Afinal, com uma atuação impecável de seus bailarinos, ela recriou até o Jardim do Éden no meio da praia.
Com 25 minutos de atraso, o início veio com a leitura do manifesto do álbum “Mayhem” (caos, em tradução livre). O texto adianta o embate interno de Stefani Germanotta, nome real de Gaga, na “reconstrução” de sua faceta pop. “Eu devo cantar e construir as paredes para embalar meu próprio espaço. E meu próprio som crescerá”, ela avisa.
Foto: Reprodução
O setlist, como esperado, não fugiu das duas performances no festival americano Coachella; e das outras duas no estádio Foro Sol, no México. A cantora americana de 39 anos segue priorizando os discos “Mayhem”, “The Fame” e “Born This Way”. São três repertórios que dão liga, voltados para o dance pop mais sujo e cheio de sintetizadores. Ao vivo, provam ser a trilha perfeita para o que ela chama de “Arte do Caos Pessoal”.
Foi com Abracadabra que Lady Gaga transformou, de vez, a areia de Copacabana, logo em sua segunda música. Até quem assistia de casa sentiu a energia dos little monsters, tamanha era a vibração que fazia a câmera balançar. Com as mãos para cima, os leques pareciam dançar em sincronia para acompanhar a cantora.
Lady Gaga faz show histórico na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro – Foto: REUTERS/Ricardo Moraes
O bloco final é chamado de “Ária eterna do coração monstro”. Antes de cantar, ela apresentou uma alegoria em que precisa “renascer” após um procedimento médico. “Somos monstros e monstros nunca morrem”, avisou. O show chegou, então, ao final com “Bad Romance”, talvez a mais conhecida e adorada canção de Gaga.
