Líderes mundiais voltam a discursar nesta terça-feira (8) na COP27 no Egito
Expectativa é que países diretamente afetados pelo desastre climático discursem, como o Paquistão; organizações da sociedade civil do Brasil inauguram Hub para dar visibilidade à ação climática brasileira
Começa, nesta terça-feira (8), o segundo dia de discursos de lideranças mundiais na COP27, que acontece na cidade de Sharm el-Sheikh, no Egito.
Após discursarem na segunda (7), por exemplo, o secretário-geral da ONU, e as chefes do Fundo Monetário Internacional (FMI) e Organização Mundial do Comércio (OMC), nesta terça quem deve ir ao púlpito são nações diretamente atingidas pelos efeitos do desastre climático.
É o caso do premiê paquistanês Shehbaz Sharif. O Pasquistão foi atingido por catástrofes climáticas consecutivas nos últimos anos – inundações, ondas de calor e incêndios florestais – e está lutando para encontrar o financiamento necessário para se recuperar das inundações sem precedentes que começaram em junho, inundando um terço do país.
Também está previsto um discurso de lideranças de Antígua e Barbuda, país caribenho que é atingido pelo aumento do nível dos oceanos.
Essas discussões acontecem em meio ao debate sobre financiamento climático por parte dos países desenvolvidos. O enviado especial dos EUA para o Clima, John Kerry, deve falar acompanhado de seus assessores.
Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, órgão executivo da União Europeia, também falará nesta terça-feira, juntamente com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, o presidente sul-africano Cyril Ramaphosa e dezenas de outros.
Além disso, foi inaugurado nesta terça (8) o Brazil Climate Action Hub. O espaço dentro da COP foi criado por organizações da sociedade civil para dar visibilidade à ação climática brasileira e vem marcando presença nas Conferências desde a COP25, em Madri.
Na manhã desta terça (8), o Hub organizou um evento para reunir lideranças femininas “que estão fazendo a diferença na ação climática a frente de movimentos jovens, comunidades tradicionais, empresas e sociedade civil”.
Fonte: CNN Brasil