O Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) avaliou que a propaganda do adoçante “Bem Natural”, da marca Zero Cal, engana o consumidor ao não destacar de forma mais enfática que o produto também possui aditivos artificiais.
O que aconteceu?
Os conselheiros entenderam que elementos artificiais precisavam ficar mais evidentes para o consumidor. Na embalagem, há destaque para a presença do eritritol, um adoçante que pode ser natural dependendo de sua origem. Segundo o Conar, a decisão visa “garantir a clareza, transparência e ostensividade na informação sobre os ingredientes e a presença de edulcorantes artificiais associados ao ingrediente natural.
A tabela nutricional do “Bem Natural” indica a presença de espessante e conservante. Os ingredientes são água; eritritol e sucralose, o espessante Carboximetilcelulose sódica, o acidulante ácido cítrico e o conservante benzoato de sódio.
A Zero Cal argumentou que não promete um produto “totalmente natural”. Apesar de o Conar não entender que a expressão “bem natural”, em destaque no produto, como antiética, o órgão manteve o entendimento de que a publicidade induz o consumidor ao engano.
A recomendação final para que a Zero Cal mude a propaganda foi tomada no dia 29 de junho, em 3ª instância. O processo, que começou após a reclamação de um consumidor em setembro do ano passado, foi julgado em 1ª instância no dia 17 de novembro —a partir de então, a Zero Cal já estava orientada a mudar a propaganda, mesmo com possibilidade de recurso.
