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Luta pela saúde mental: preconceito ainda afasta as pessoas do tratamento

“ Atendemos geralmente, toda a família por vários anos, entendendo o contexto social e emocional. Dessa forma conseguimos atuar de forma plena e quebrar barreiras, como o preconceito” explicou a médica da família do TOTUM Saúde, Dra. Evelyn Tavares.

Médicos da família têm ajudado pacientes a buscarem ajuda especializada

No mundo, uma em cada 10 pessoas sofre de transtornos mentais, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Na América Latina, o Brasil está em situação ainda mais delicada. O país lidera o ranking entre os com mais pessoas que relatam ter ansiedade e depressão, com quase 19 milhões de pessoas. De acordo com uma pesquisa do Instituto Datafolha, 7% dos brasileiros já assumem que sua saúde mental é precária ou muito ruim.

Mesmo sendo tão comuns, a maioria da população ainda trata quem lida com problemas de saúde mental com um olhar de preconceito. O que faz com que muitas pessoas não busquem ajuda médica. Para a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), 96,8% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais, como a depressão, bipolaridade e abuso de substâncias. Nesse cenário complicado, uma das apostas da medicina para resolver o dilema é o especialista em saúde da família.

Os médicos da família oferecem um atendimento diferente, com cuidados mais abrangentes e contínuos, dessa forma, acompanham os pacientes a longo prazo, conhecendo-os melhor, é o que conta a médica da família do TOTUM Saúde, Dra. Evelyn Tavares. “Esses médicos atendem, geralmente, toda a família por vários anos, entendendo o contexto social e emocional e, dessa forma, conseguimos atuar de forma plena e quebrar barreiras, como o preconceito”, conta. É muito mais fácil tratar a saúde mental quando o paciente não se sente estigmatizado.

Diante de um aumento de 45% nas taxas de mortalidade por suicídio em adolescentes de 10 a 14 anos, e de 49,3% entre 15 a 19 anos, as instituições de saúde mental tem promovido cada vez mais a campanha Setembro Amarelo. A ideia é conscientizar as pessoas sobre o suicídio e tentar reduzir a ocorrência de novos casos. Para a Dra. Evelyn Tavares, falar sobre o assunto é a melhor forma de ajudar as pessoas que passam por isso. “Muitas questões podem levar uma pessoa a pensar em suicídio, mas nenhum problema pode ser resolvido dessa forma e, conversando, é possível que ela veja isso”, explicou.

Suely Carvalho

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