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Mabel diz que quer acabar com “máfia do lixo” e defende aterro sanitário de Goiânia

 Foto: Reprodução

O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), voltou a denunciar o que chamou de “máfia do lixo” e afirmou que existe uma articulação para inviabilizar o aterro sanitário da capital com o objetivo de direcionar o descarte de resíduos para outro local, com custos muito mais altos para o município. Mabel foi questionado sobre as falas da secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás, Andréa Vulcanis, ao afirmar que não há possibilidade de regularização do lixão de Goiânia.

Mabel questiona a credibilidade do relatório e relacionou o documento a uma suposta articulação com interesses privados. “Quero acabar com essa máfia do lixo, que quer que a Prefeitura pague R$ 10 milhões por mês para enviar os resíduos a um aterro privado. Hoje gastamos R$ 1,5 milhão com o nosso aterro. Vamos corrigir o que precisa e seguir com ele funcionando como deve ser”, afirmou.

Mabel questiona a credibilidade do relatório e relacionou o documento a uma suposta articulação com interesses privados. “Quero acabar com essa máfia do lixo, que quer que a Prefeitura pague R$ 10 milhões por mês para enviar os resíduos a um aterro privado. Hoje gastamos R$ 1,5 milhão com o nosso aterro. Vamos corrigir o que precisa e seguir com ele funcionando como deve ser”, afirmou.

O relatório da Semad, elaborado a partir de vistorias entre janeiro e abril deste ano, aponta a inexistência de licenças ambientais válidas, operação acima da capacidade planejada e risco de contaminação ambiental. O documento também cita impactos sobre comunidades vizinhas, como mau cheiro, proliferação de pragas e risco à aviação civil, já que o aterro fica a 2 km do Aeródromo Nacional de Aviação (SBNV).

Durante a visita ao aterro, Mabel esteve acompanhado de secretários e técnicos da prefeitura. No vídeo, rebateu a denúncia de funcionamento irregular e disse que há estrutura de cobertura, queima de gás e compactação adequada do lixo. “Isso aqui não é lixão. Tem tecnologia e responsabilidade. O trator está operando, o gás está sendo queimado. Estamos implantando mais controles”, mencionou.

O prefeito anunciou contratação emergencial para reforçar o monitoramento ambiental do local. Segundo ele, as correções serão feitas até o fim do ano, dentro de um cronograma estabelecido pela gestão.

Mabel lembra a decisão liminar de abril de 2025, que determinou que a Amma “se abstenha de praticar qualquer ato de licenciamento ou fiscalização ambiental relativo ao aterro sanitário em razão da ausência de competência legal, conforme disposto na Lei Complementar 140/2011”. A decisão de primeira instância, no entanto, foi derrubada pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO).

Incompatível

A Semad classificou o funcionamento do aterro como incompatível com as normas ambientais brasileiras e recomendou a suspensão das atividades, além da implantação de novos sistemas de drenagem e tratamento de efluentes. O MP acompanha o caso e avalia eventual responsabilização de gestores públicos.

Na coletiva, Mabel fez críticas à secretária estadual de Meio Ambiente, Andréa Vulcanis, e disse que o relatório da pasta serve a interesses empresariais. A Prefeitura de Goiânia estuda, junto ao BNDES, a reformulação do modelo de gestão de resíduos sólidos da capital.

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