Maduro diz que EUA estão ‘inventando uma guerra’

Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro – Foto: Federico PARRA / AFP
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reagiu nesta sexta-feira, 24, à confirmação de que os Estados Unidos enviarão o porta-aviões “maior e mais letal do mundo”, o USS Gerald R. Ford, ao Caribe. “Eles estão inventando uma nova uma nova guerra eterna, prometeram que nunca mais se envolveriam em uma guerra e estão inventando uma guerra que nós vamos evitar”, afirmou durante uma transmissão de rádio e televisão.
” Os Estados Unidos inventam um relato extravagante, vulgar, criminoso e totalmente falso, já comprovadamente falso”, continuou Maduro. “A Venezuela é um país livre da produção de folha de coca, livre da produção de cocaína, e vamos alcançar 100% de liberdade de passagem de um minúsculo 5% do narcotráfico que vem da Colômbia”.
Na quinta-feira, o presidente Donald Trump disse que pode haver “operações terrestres” contra cartéis da região em breve. Os Estados Unidos enviaram navios de guerra, aviões de combate e soldados para esta região para operações contra o narcotráfico, embora a Venezuela insista que o objetivo seja derrubar Maduro.
Desde 2 de setembro, foram bombardeadas 10 supostas lanchas do tráfico de drogas, resultando em pelo menos 43 mortos.
Em publicação nas redes sociais, o porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, afirmou que o secretário de Defesa, Pete Hegseth, ordenou que o USS Gerald R. Ford e seu grupo de ataque fossem enviados para “reforçar a capacidade dos EUA de detectar, monitorar e interromper atividades e atores ilícitos que comprometam a segurança e a prosperidade dos Estados Unidos”.
O ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino López, afirmou que o desdobramento dos Estados Unidos representa “uma ameaça militar ali no Caribe contra a Venezuela, contra a região, contra a América Latina, contra o Caribe”.
Com a justificativa de combater o tráfico de drogas originário da Venezuela, os Estados Unidos despacharam oito navios de guerra e um submarino ao Mar do Caribe, além de caças e helicópteros. Atualmente, há 10 mil soldados americanos na região, a maioria em bases em Porto Rico, além de um contingente de fuzileiros navais.




