Política

Michelle compara PF à polícia nazista após operação contra Carlos Bolsonaro

Foto: Isac Nóbrega/PR/Reprodiução

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) usou a palavra “Gestapo” ao comentar a batida da Polícia Federal em endereços do vereador carioca Carlos Bolsonaro (Republicanos) na segunda-feira 29. O “02” foi alvo de uma operação que investiga o suposto uso da Abin para espionar adversários políticos do governo de Jair Bolsonaro (PL).

O termo utilizado por Michelle faz referência à polícia do regime nazista da Alemanha. A Gestapo (abreviação de Geheime Staatspolizei) investigava e torturava opositores do regime de Adolf Hitler.

“Desmentindo fake news que Bolsonaro teria se ‘escondido’ na operação da Gestapo (PF) de hoje”, escreveu Michelle. A declaração acompanha um vídeo de Bolsonaro na frente da casa onde o mandado foi cumprido, acompanhado de Carlos e do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

O vídeo que acompanha a publicação mostra Bolsonaro na frente da casa onde o mandado foi cumprido. O ex-presidente chega a fazer um sinal positivo para a câmera, que também registra a presença de Carlos e do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

“Compartilhem no story“, finalizou Michelle no texto, acompanhado de um emoji de oração.

Agentes da Polícia Federal relataram que a família fugiu de lancha por volta das 6h30, quando o ex-presidente e seus filhos souberam que o vereador seria alvo de operação. Policiais federais tiveram que aguardar a chegada do clã, que voltou por volta das 12h.

O advogado dos Bolsonaros, Fábio Wajngarten, alegou que eles saíram para pescar por volta das 5h da manhã. Agentes da corporação, no entanto, acreditam que eles deixaram a residência em Angra para dificultar o cumprimento do mandado de busca e apreensão.

O esquema de espionagem

A PF suspeita que Carlos recebia informações do esquema ilegal de espionagem da Abin (Agência Brasileira de Inteligência). O celular do vereador foi apreendido após a volta da família ao imóvel.

No total, a PF apreendeu 3 notebooks, 4 celulares e 11 computadores durante a operação. Agentes ainda estiveram em sua casa na Barra da Tijuca (RJ), em seu comitê na cidade do Rio de Janeiro e em seu gabinete na Câmara Municipal do Rio.

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