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MP de Goiás denuncia Amanda Partata por matar o ex-sogro e a mãe dele e dupla tentativa de homicídio qualificado

Amanda Partata e as vítimas Leonardo Pereira Alves e Luzia Tereza Alves, em Goiânia, Goiás – Foto: Divulgação/Polícia Civil e Reprodução/Redes Sociais

O Ministério Público de Goiás (MPGO) denunciou a advogada Amanda Partata Mortoza, de 31 anos, por duplo homicídios tripamente qualificados e dupla tentativa de homicídio qualificado, em Goiânia. A mulher está presa desde o último dia 20 de dezembro por suspeita de matar o ex-sogro Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e a mãe dele, Luzia Alves, de 86, envenenados; além de também ter oferecido bolos envenenados para outros familiares do ex-namorado.

Na denúncia, o Ministério Público se posicionou favorável à conversão da prisão temporária da advogada em prisão preventiva, diante do nível de periculosidade demonstrado pela denunciada. O pedido foi formulado pela autoridade policial. Segundo o MP, a liberdade dela coloca em risco a garantia da ordem pública e também representa risco à vida de Leonardo Pereira Alves Filho e seus demais familiares, além da sociedade em geral.

Os homicídios aconteceram no dia 17 de dezembro de 2023, quando Amanda foi até a casa da família do ex-namorado levando um café da manhã, com pão de queijo, biscoitos, suco e bolos de pote. Conforme as investigações, como a denunciada fingia que estava grávida do filho de Leonardo, era bem aceita na família.

  1. Homicídio consumado triplamente qualificado (pelo motivo torpe, emprego de veneno e dissimulação) contra Leonardo Pereira Alves, pai do ex-namorado de Amanda.
  2. Homicídio consumado triplamente qualificado (pelo motivo torpe, emprego de veneno e dissimulação) e agravado pela idade contra Luzia Alves, avó do ex-namorado de Amanda.
  3. Homicídio tentado duplamente qualificado (pelo motivo torpe e pelo emprego de veneno) praticado contra o tio do ex-namorado de Amanda.
  4. Homicídio tentado duplamente qualificado (pelo motivo torpe e pelo emprego de veneno) e agravado pela idade da vítima contra o avô do ex-namorado de Amanda.

Em nota, a defesa de Amanda disse que “em razão da complexidade das imputações” vai se pronunciar somente em juízo. Mas quando foi presa, a mulher negou ter cometido o crime.

“O Ministério Público denunciou a advogada por dois homicídios triplamente qualificados: com o emprego de meio insidioso (com emprego de veneno), por motivo torpe (forma de vingança contra o ex-namorado) e também cometidos mediante dissimulação, já que a denunciada, de forma dissimulada, ministrou substância química dentro dos bolos de pote a fim de ocultar para quem fosse consumir, sabendo que lhes causaria intoxicação”, afirmou o MP-GO.

“Ela também foi denunciada pelas tentativas de homicídio contra outras duas pessoas, já que ofereceu a elas as guloseimas envenenadas e as mortes só não se concretizaram porque ambos recusaram os doces”, completou.

Agora, o caso é enviado à Justiça, que pode ou não aceitar a denúncia. Caso aceite, Amanda vira ré e será aberto um prazo para que seus advogados apresentem defesa. Segundo o delegado Carlos Alfama, se somadas, as penas pelos quatro crimes que Amanda foi denunciada somam mais de 100 anos de prisão.

Amanda Partata suspeita de matar ex-sogro e mãe dele em Goiânia, Goiás – Foto: Reprodução

Para a Polícia Civil, não há dúvidas de que Amanda é a responsável pelas mortes de Leonardo e Luzia. Ela foi indiciada pelo crime na segunda-feira (15). A motivação dos homicídios se deu pelo sentimento de rejeição dela com o fim do namoro de 1 mês e meio com o filho de Leonardo. Investigações indicam que a advogada tinha vontade de causar no ex o maior sofrimento possível.

As investigações apontaram que a advogada realizou pesquisas em seu celular a fim de obter informações sobre as consequências mortais da substância em caso de consumo humano. Também no dia 8 do mês passado, conforme os autos, a advogada enviou uma mensagem a Leonardo Filho perguntando seu maior medo: morrer ou perder alguém da família. O médico respondeu que seria perder os familiares.

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