Polícia

MP e polícias cumpriram mandados contra suspeitos de manipulação de jogos do Brasileirão

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) deflagrou nesta terça-feira (18) a segunda parte da Operação Penalidade Máxima, que investiga manipulação de resultados no futebol brasileiro. Estão sendo cumpridos três mandados de prisão preventiva e 20 mandados de busca e apreensão em 16 municípios de seis Estados. Entre eles o Rio Grande do Sul, com três diligências: Pelotas, Erechim e Santa Maria. Nas duas últimas cidades, jogadores estavam envolvidos. 

Segundo consta na investigação, o grupo criminoso aliciava jogadores com oferta que variavam entre R$ 50 mil e R$ 100 mil para que eles interferissem deliberadamente em determinadas situações corriqueiras de partidas, como número de escanteios e quantidade de cartões. Os suspeitos então lucravam grandes quantias.

As ações são realizadas com o auxílio de policiais civis, militares e dos Grupos de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) de seis estados – Goiás, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Entre promotores, servidores e policiais, 177 agentes públicos participam do cumprimento dos mandados.

Os mandados de prisão e de busca e apreensão foram expedidos pela Justiça goiana e são cumpridos em São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Goianira-GO, Pelotas-RS, Santa Maria-RS, Erechim-RS, Chapecó-SC, Tubarão-SC, Bragança Paulista-SP, Guarulhos-SP, Santo André-SP, Santana do Parnaíba-SP, Santos-SP, Taubaté-SP e Presidente Venceslau-SP.

As ações desta terça (18) são um desdobramento da Operação Penalidade Máxima, iniciada pelo MP goiano, deflagrada em fevereiro deste ano.

Relembre o caso

O Ministério Público de Goiás deflagrou no começo de fevereiro uma Operação Penalidade Máxima para investigar um grupo especializado em fraudar resultados de jogos. Segundo a investigação, algumas partidas da Série B do Brasileirão do ano passado estariam envolvidas no esquema. Além disso, o fato teria a participação de jogadores de futebol profissionais.

Conforme o MP-GO, o esquema teria impactado em pelo menos três confrontos da Segunda Divisão da temporada passada e teria envolvido um montante de mais de R$ 600 mil.

Jogadores Victor Ramos, Igor Cariús, Gabriel Tota e Kevin Lomonaco️️️, investigados na Operação Penalidade Máxima, do Ministério Público de Goiás – Foto: Julia Galvão/ACF, Marlon Costa/Pernambuco Press e Reprodução/Instagram Gabriel Tota e Kevin Lomonaco️️️.

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