“Não vou participar de nenhuma guerra fria”, diz Lula
Em entrevista ao Jornal Nacional da TV Globo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse neste sábado (11/02) que não participará de nenhuma “guerra fria” entre Estados Unidos e China. A tensão entre os 2 países aumentou depois que os norte-americanos abateram um suposto balão “espião” chinês e acusaram os chineses de espionagem.
“Eu não vou participar de guerra fria com ninguém. Eu vou participar de uma política externa muito ativa e altiva. […] Nós queremos ter uma belíssima relação com a China e nós queremos ter uma belíssima relação com os Estados Unidos”, declarou o chefe do Executivo brasileiro.
O presidente recebeu uma equipe da emissora em viagem aos Estados Unidos. Ele chegou a Washington D.C. na 5ª feira (9/2). Neste sábado (11/02), por volta de 12h (horário de Brasília), embarcou com destino à capital brasileira.
O presidente voltou a afirmar que vai à China em março e disse que o Brasil tem nos chineses e norte-americanos os seus 2 grandes parceiros comerciais.
Ao ser questionado sobre a guerra da Rússia com a Ucrânia e a sua defesa de um bloco de países “neutros” para mediar o fim da guerra, Lula disse que o presidente russo, Vladimir Putin, precisa recuar da invasão ao país vizinho.
“O Putin tem que entender que ele está errado ao fazer invasão territorial de um país e que ele precisa voltar atrás. É preciso que a guerra pare para gente começar a conversar”, afirmou o chefe do Executivo.
Lula afirmou ter dito a Biden que o diálogo é a saída para a guerra e que o mandatário norte-americano tem clareza sobre a necessidade do fim da guerra.
O petista também disse que Putin sabe que a guerra “não foi fácil” como ele imaginava. “O presidente Putin sabe que a guerra vai demorar muito. Ele sabe que não foi fácil como ele imaginava e que, portanto, eu acho que agora tem que ter o momento para convencê-lo de parar a guerra”, declarou.