Novo PAC destina R$ 52,8 bilhões para militares
O governo federal deve destinar R$ 52,8 bilhões do novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para as Forças Armadas. O valor representa 3,12% do total estimado para o plano (cerca de R$ 1,7 trilhão).
Destes recursos, R$ 27,8 bilhões serão investidos de 2023 a 2026, enquanto R$ 25 bilhões ficarão para depois deste período. O pacote contemplará áreas como pesquisa e desenvolvimento, além de sistemas integradores e aquisição de equipamentos terrestres, aéreos e navais.
A lista inclui caças Gripen, aviões de carga, submarinos e navios-patrulha. O pacote também destinará recursos para a compra de viaturas blindadas e a implantação de sistemas de controle de fronteira. Leia abaixo como será feita a divisão de recursos:
*Marinha: R$ 20,6 bilhões;
*Aeronáutica: R$ 17,4 bilhões;
*Exército: R$ 12,4 bilhões;
*Estado Maior: R$ 2,4 bilhões.
Ao todo, são 16 projetos. A Marinha tem a maior quantidade de obras (6), seguida por Exército e Aeronáutica (ambos com 4).
Projetos:
Marinha: construção do estaleiro e da base naval – submarino nuclear; construção de 4 fragatas; construção de 11 navios; combustível para submarino nuclear e outras aplicações; construção de 1 submarino nuclear; e construção de 3 submarinos diesel elétricos.
Aeronáutica: conversão de 2 aviões (aeronave aeromédica e de reabastecimento); compra e produção de 34 caças gripen; aquisição de 9 aeronaves cargueiro; e desenvolvimento de avião-tanque reabastecedor.
Exército: desenvolvimento e aquisição de 714 viaturas blindadas sobre rodas e sobre lagartas; pesquisa, desenvolvimento e implantação de uma unidade de mísseis táticos de cruzeiro de longo alcance; modernização de 6 helicópteros Pantera e aquisição de 10 helicópteros de emprego geral e 9 veículos aéreos não tripulados; e implantação e integração dos meios destinados ao monitoramento e controle da faixa de fronteira terrestre.
Estado Maior: aquisição de 5 helicópteros de médio porte; e compra de 27 helicópteros leves. Segundo o governo, a intenção é a de “apoiar ações de comando e controle de desmatamento, gerar empregos e fomentar a neoindustrialização, por meio do desenvolvimento da Cadeia Produtiva e da Tecnologia Nacional ou do chamado Complexo Industrial de Defesa”.
O PAC
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou na 6ª feira (11.ago.2023), no Rio de Janeiro, o novo PAC. Em administrações anteriores do PT, o programa foi uma vitrine. Os investimentos serão feitos com recursos do Orçamento da União, bancos públicos, empresas estatais, concessões e PPPs (parcerias público-privadas).
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