Polícia

O Ajudante de pedreiro acusado de matar menino afogado em lama foi absolvido

O ajudante de pedreiro Hian Alves de Oliveira, acusado de matar o menino Danilo Sousa Silva, de 7 anos, foi absolvido durante o júri popular realizado em Goiânia. O réu foi condenado, no entanto, a dois anos de prisão em regime aberto por denunciação caluniosa após acusar falsamente o padrastro da criança, Reginaldo Lima dos Santos, de cometer o crime.

A sentença foi emitida pelo juiz Antônio Fernandes de Oliveira, da 4ª Vara Criminal dos Crimes Dolosos, na segunda-feira.

De acordo com o Ministério Público, a 67ª promotoria do órgão vai recorrer do julgamento, pois entende que “a decisão foi contrária às provas dos autos”. No entanto, explicou que as investigações só poderiam ser reabertas caso chegassem novas provas.

A decisão ainda determinou pela soltura de Hian, que está preso há quase quatro anos, desde 31 de julho de 2020. Para isso, foi solicitado que o alvará de soltura seja expedido. “O Conselho de Sentença reconheceu a materialidade, mas não a autoria do crime de homicídio atribuída ao acusado”, afirmou a decisão para justificar a conclusão do júri.

Danilo desapareceu no dia 21 de julho 2020. Segundo o relato da família à Polícia Civil, ele brincava na porta de casa, entrou e disse à mãe que iria à casa da avó, mas nunca chegou lá. O corpo do menino foi encontrado no dia 28, em uma área de brejo em uma mata a cerca de 100 metros de onde ele morava.

O servente de pedreiro Hian Alves de Oliveira tinha 18 anos quando foi indiciado por matar o menino Danilo de Sousa Silva, 7 anos, que foi afogado em lama numa mata a 100 metros da casa onde morava, no Parque Santa Rita, em Goiânia. O padrasto do garoto também era suspeito de cometer o crime, mas foi inocentado ao fim da investigação.

Na época, a polícia explicou que Hian Oliveira era vizinho da família e atraiu Danilo para a mata, onde foi morto afogado na lama, dizendo que buscariam juntos uma pipa que caiu no meio das árvores, de acordo com o delegado Rilmo Braga, titular da Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH), que coordenou a força-tarefa montada para apurar o crime.

De acordo com Braga, o servente de pedreiro planejou a morte de Danilo por cinco dias, inclusive, observando toda a rotina da família e como faria para que a responsabilidade do crime recaísse sobre o padrasto. O motivo seria ciúmes do pastor Fabiano Silva, que tinha abrigado Hian há cerca de três meses e morava na mesma rua da vítima.

O delegado explicou que o sentimento de Hian era de revolta em desfavor do padrasto de Danilo e, por isso, ele tinha mentido aos investigadores. Inicialmente, o servente de pedreiro relatou que apenas tinha ajudado o padrasto de Danilo a segurar o menino e, para isso, receberia uma moto e um carro como pagamento. A versão, no entanto, foi desmentida pelo próprio Hian.

O ajudante de pedreiro disse que usou um pedaço de madeira para agredir o menino e afogou o rosto dele num pedaço de lama até ele perder a consciência. O corpo foi abandonado numa área de brejo, que o próprio Corpo de Bombeiros disse depois que teve dificuldades de acesso.

Fonte: g1

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