Economia

O que é o Drex e quais os impactos na sua vida

Em agosto do ano passado, o Banco Central do Brasil (BC) anunciou o nome da moeda digital do país, que vem sendo desenvolvida e testada há meses. O Drex, como foi batizado, é a representação digital do real e promete mais facilidade, agilidade e segurança para as transações.

O Drex ainda está sendo testado – em uma fase que envolve dezenas de instituições financeiras e empresas de tecnologia e já dura alguns meses. A expectativa (que pode mudar) é que esses testes ocorram até o fim de maio, com uma primeira avaliação do piloto em junho.

Se tudo correr bem, as primeiras funcionalidades do real digital podem estar disponíveis para o público até o fim de 2024. Mas, mesmo com alguns meses desde o anúncio dos planos do BC com a moeda, muita gente ainda se pergunta o que é o Drex e como ele vai funcionar.

O Drex, além de trazer exemplos práticos de como o real digital deve impactar o dia a dia da população.

O que é o Drex?

O Drex é um novo formato para representar a moeda oficial do Brasil, o Real, com a diferença que ela é 100% digital.

Cada brasileiro poderá ter a sua e ela será armazenada em um sistema virtual, que permite você realizar transações no mesmo valor da cédula ou moedas.

A diferença maior é que, o armazenamento será virtual, através das carteiras digitais que serão disponibilizadas pelas instituições financeiras.

A sua nomenclatura foi pensada para traduzir a mensagem do que é essa moeda.

D – Formato Digital;
R
– A moeda brasileira, Real;
E
– Sistema Eletrônico que o Drex funcionará;
X
– Representa a inovação.

Assim como o Pix, o Drex foi criado com o intuito de facilitar as transações dos usuários, tornando-a mais segura e rápida. Mas, será que os dois são a mesma coisa? Vejamos a seguir.

Qual a diferença entre o Pix e o Drex?

Como vimos, o Drex é um formato de moeda digital que veio para facilitar o nosso dia a dia, algo bem parecido com o PIX. Será então que esse será o fim do Pix?

A resposta é não! Apesar de terem uma tecnologia parecidas, eles estão longe de substituir um ao outro. Inclusive, os especialistas têm chamado ambos de “primos”, pela proximidade da ideia e funcionalidades.

As diferenças entre eles são algumas, a começar pela essência tecnológica. O Pix é um tipo de transação instantânea, que ocorre na mesma hora, enquanto o Drex é de fato uma moeda, porém virtual.

Para entendermos melhor, o Pix é a transação, assim como o TED ou DOC (funcionalidade que será descontinuada), enquanto o Drex é o dinheiro que você transfere, porém digital. Ou seja, o Drex será utilizado no Pix, transferências ou até mesmo pagamentos.

De acordo com o Banco Central, o Drex deverá impactar completamente o sistema financeiro, visto que a forma que ele aborda de uma forma mais ampla, diferentemente do Pix.

O Drex é uma bitcoin?

Não, o Drex não será uma bitcoin ou uma criptomoeda. Apesar da tecnologia utilizada ser a mesma (blockchain), a moeda digital não terá alterações no preço e será orquestrada pelo Banco Central.

E o que é uma moeda digital?

Esse novo formato de moedas não ocorre somente no Brasil, mas em todo o mundo, sendo administrada pelo CBDC (Central Bank Digital Currency). Ela é um formato digital da moeda oficial de cada país.

Assim como as cédulas, as moedas digitais também funcionam como meio de pagamentos, definição dos preços de diversos itens, investimentos e outras funcionalidades.

Até o momento, o Banco Central emite somente o dinheiro em espécie e moedas, até que o Drex seja lançado de forma oficial.

Ao todo, existem 130 países que já estão estudando o lançamento de suas moedas digitais de forma oficial, sendo 21 com os projetos em fase de testes, como por exemplo, China e Japão e 11 com o lançamento oficial, como Nigéria, Bahamas, Jamaica e outros.

Como o Drex vai funcionar?

Falando na prática, como explicamos, o Drex será disponibilizado através das contas digitais nas instituições financeiras e seus aplicativos, assim como outros app’s de pagamento.

Dentro desses ambientes será possível converter o dinheiro físico em virtual, realizar transações, pagamentos ou até mesmo recebimentos.

O mais legal é que, os usuários tenham acesso a novos serviços digitais, expandindo o repertório das instituições, como por exemplo, contratos inteligentes e até dinheiro programável.

Então, se você pretender comprar ou vender seu carro no futuro, o processo de documentação será mais seguro, já que a transação só será finalizada se todas as condições acordadas forem atendidas.

O Drex vai acabar com o dinheiro físico?

A resposta também é não, o Drex não vai acabar com o dinheiro em espécie, seja cédula ou moeda. Como vimos, a ideia é que ele seja um facilitador na vida dos brasileiros, ampliando os serviços financeiros.

Inclusive, será possível transformar o seu dinheiro virtual em espécie e vice-versa. Mas, lembre-se, não há diferença entre os valores. Um Drex será equivalente a R$1.

O Drex será seguro?

Sim, o Drex será uma moeda segura. Segundo o próprio BC, a ideia da criação desse novo formato é justamente trazer mais segurança aos usuários e suas futuras transações.

Mesmo que em ainda esteja em fase de testes, o órgão afirmou que os níveis de segurança e privacidade das operações foram testados e houve resultados positivos, mantendo o nível das outras transações feitas pelo sistema bancário.

Ainda, a ideia do Governo é que o Drex venha para democratizar os acessos ao crédito, aos investimentos, aos seguros e outros serviços, garantindo sua segurança.

Haverá custo de transações?

De acordo com o Banco Central, o Drex não haverá cobranças feitas através do Governo Federal. Mas, assim como o dinheiro em espécie, ficará a critério da instituição financeira estipular taxas de serviço ou tarifas em conta.

Caso a sua instituição cobre os valores da conta, ela será a responsável por essas transações, sem a obrigatoriedade do Governo.

Quando o Drex vai ser lançado?

A ideia do Banco Central é que a moeda seja lançada no final de 2024, mas sem uma data estipulada até o momento.

Isso porque dependerá de uma série de fatores externos, que poderão antecipar ou postergar o prazo do lançamento oficial.

Ainda haverá testes, para verificar a procedência do Drex, para então, o Banco Central incorporar às instituições financeiras e enfim, oficializar para uso público.

Apesar de não termos todas as informações disponíveis para consulta, vimos que o processo de lançamento do Drex está bem encaminhado, com os testes programados para finalização e divulgação do novo serviço.

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