Onça que era criada como animal de estimação por família no Amazonas é levada para instituto em Goiás

Nova moradora viajou quase 3 mil quilômetros até o Instituto Onça-Pintada, em Mineiros. Local é um centro de referência no resgate e reprodução destes animais.

O Instituto Onça-Pintada recebeu uma onça que estava sendo criada por uma família como animal de estimação no interior do Amazonas. A nova moradora foi levada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) até Mineiros, na região sudoeste do estado, onde fica o local, que é um centro de referência no resgate e reprodução destes animais.

A Kiara, como é chamada a onça-pintada, chegou no local neste sábado (11). A família amamentou e cuidou da onça por oito meses na região de Sucunduri, no interior do Amazonas. Ela foi resgatada recém-nascida, estava órfã e foi criada dentro de casa como bicho de estimação.

A família decidiu entrar em contato com o instituto porque achou que, nos últimos tempos, a onça estava mais esperta, querendo explorar a região e saindo do quintal onde ficava, passando pelas casas dos vizinhos.

Segundo o Ibama, eles temiam que ela pudesse atacar alguém ou, que se ela fosse para uma mata, não conseguisse sobreviver sozinha.

A viagem até Mineiros foi de quase 3 mil quilômetros. A decisão de levar a onça foi do Ibama. Diretora executiva do instituto, Anah Jácomo disse que, futuramente, eles devem tentar parear a Kiara com um macho do mesmo bioma dela.

“A Kiara, que é essa jovem, foi encaminhada pelo Ibama, é uma onça amazônica. Futuramente, ela vai ser pareada com um macho do mesmo bioma, contribuindo assim para a conservação da espécie”, disse Anah.

Instituto Onça-Pintada

O Instituto Onça-Pintada, que é um centro de referência no resgate e reprodução destes animais, cuida atualmente de 26 animais.

A onça Matí, que é estrela da novela Pantanal, nasceu no local. A atriz Juliana Paes chegou a visitar o espaço para conhecer os animais.

O instituto possui o maior plantel reprodutivo de onça-pintada no mundo, visando a conservação da espécie, em cativeiro e se especializou em receber filhotes órfãos que demandam cuidado especial.

“Temos como missão conservar o maior símbolo da biodiversidade brasileira, que é a onça-pintada”, disse a diretora executiva do instituto.

Fonte: g1