Operação da PM durante festa junina no Rio termina com um morto e cinco baleados

Festa junina no Rio é interrompida por tiroteio – Foto: reprodução/TV Globo
Um tiroteio durante uma operação da Polícia Militar do Rio de Janeiro deixou um jovem morto e outras cinco pessoas feridas, entre a noite desta sexta-feira (6) e a madrugada deste sábado (7), em uma festa junina.
O caso ocorreu durante uma ação do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) no Morro do Santo Amaro, no Catete, na zona sul do Rio de Janeiro.
Em vídeos que circulam nas redes sociais é possível ver diversos moradores da região dançando no local, em um evento programado de festa junina, quando os tiros começam. “Muita gente ferida e em pânico”, disse uma das testemunhas em uma publicação.
O desfecho da operação, terminou com um morto e cinco baleados, na zona sul do Rio. Quadrilhas convidadas já tinham se apresentado e a anfitriã da noite se preparava para desfilar. Todos se divertiam, até a brincadeira ser interrompida por tiros.
Policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais, o Bope, entraram no Morro Santo Amaro, na zona sul do Rio, de madrugada. Segundo a PM, bandidos armados circulavam no morro para se defender de um suposto ataque de criminosos rivais.
A polícia diz que foi atacada e revidou. As armas dos PMs foram recolhidas. A corregedoria vai analisar as imagens das câmeras corporais.
O office boy Heitor Guimarães Mendes, de 24 anos, foi atingido por dois tiros.
“Do nada, a polícia chegou, teve uma troca de tiros e, infelizmente, eu tô aqui com a notícia que meu filho não sobreviveu”, lamentou Fernando Guimarães, pai de Herys.
Outras cinco pessoas baleadas foram levadas para um hospital no centro do Rio de Janeiro(RJ), uma delas em estado grave. Neste sábado (7), um adolescente de 16 anos, que tinha acabado de danças quadrilha quando foi atingido, recebeu alta.
Emanuel da Silva Félix levou um tiro nas costas. Saiu com a bala ainda alojada, por decisão médica.
“Pra mim, foi uma cena de filme ver os caras na minha frente passando, ver o impacto nas minhas costas”, comentou.
“As crianças sendo pisoteadas pelas pessoas desesperadas, sem saber o que fazer, muita gente. Pra mim, com 47 anos de idade, foi a pior cena que eu vivi na minha vida”, relatou Cristiano Pereira, presidente do grupo junino Balão Dourado.
Em nota, a corporação ressaltou que, no momento da ação, “os criminosos atiraram contra os policiais, porém não houve revide por parte das equipes”. No entanto, posteriormente, “em outro ponto da comunidade, os criminosos atacaram as equipes novamente”, fato que provocou o confronto.
O comunicado da PM diz ainda que “as equipes utilizavam câmeras de uso corporal e as imagens já estão sendo captadas e analisadas pela Corregedoria da Corporação”.
O comando do BOPE instaurou um procedimento para analisar as circunstâncias da ocorrência, que foi registrada na 9ª DP.