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Operação investiga fraude milionária em contrato da Saúde com pagamento antecipado

Operação investiga fraude em contato na Saúde em Goiânia — Foto: Divulgação/Polícia Civil

Segundo a polícia, o contrato foi celebrado em 2024, no valor de R$ 11,6 milhões. De acordo com as investigações, o valor integral foi pago em pouco mais de 30 dias.

A Polícia Civil realizou operação para combater uma suspeita de fraude milionária em um contrato entre a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia e uma empresa sediada em Palmas, no Tocantins, em junho de 2024. Segundo a investigação, o pagamento integral milionário foi realizado em um prazo muito inferior ao estipulado e sem a comprovação da prestação do serviço.

O Instituto Idesp informou em nota que a situação está sendo devidamente averiguada pelas instâncias competentes. Disse ainda que mantém compromisso absoluto com a transparência, a ética e o cuidado integral dos pacientes e que permanece colaborando com as autoridades

Para o repórter Honório Jacometto, o advogado do ex-secretário Municipal de Saúde, Wilson Pollara, disse que conversará com o seu cliente na tarde desta terça-feira e só depois dará um posicionamento.

A assessoria do ex-prefeito de Goiânia Rogério Cruz, disse que ele não é alvo da operação e que está à disposição das autoridades para prestar qualquer esclarecimento e colaborar com as apurações referentes a condutas individuais de ex-servidores.

Em nota, a atual gestão da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) informou que a empresa alvo de mandados de busca e apreensão foi contratada pela gestão anterior e que a suspensão do convênio com a empresa foi um dos primeiros atos da atual administração. A SMS ressaltou ainda que nenhuma ação foi realizada na secretaria.

Os nomes dos investigados não foram divulgados, portanto, a reportagem não conseguiu localizar as defesas para um posicionamento.

Na manhã desta terça-feira (18), a operação cumpriu 13 mandados de busca e apreensão em Goiás, Tocantins, São Paulo e no Distrito Federal. Segundo a polícia, a ação apura os crimes de associação criminosa, contratação direta ilegal e fraude em licitação.

De acordo com o delegado Cleynio Januário, da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (Decarp) as suspeitas de irregularidade foram identificadas em um contrato no valor de R$ 11.600.000.

“Foi analisado que esse contrato de R$ 11.600.000 deveria ter sido pago em 12 parcelas mensais após a prestação do serviço de modernização da pasta. Contudo, não foi verificado nenhum comprovante da prestação desse serviço e o valor foi pago em pouco mais de 30 dias e foi realizado sem licitação”, disse o investigador em entrevista para a TV Anhanguera.

Além das buscas, a operação também executou medidas cautelares de quebra de sigilo bancário e fiscal, suspensão e proibição de exercício de atividade econômica, além do sequestro e indisponibilidade de bens, direitos e valores dos investigados.

Suspeita de fraude

Segundo a Polícia Civil, as investigações começaram após um relatório da Gerência de Ações Estratégicas. Com a apuração, a polícia identificou os indícios de irregularidade no acordo.

De acordo com a investigação, os indícios apareceram tanto na escolha da empresa, quanto na execução contratual. Além disso, a polícia verificou que houve a destinação de recursos antes mesmo da formalização do contrato.

O delegado ressaltou que, durante o cumprimento dos mandados, foi verificado que os investigados “vivem uma vida bastante luxuosa” e que, além de documentos, também foram apreendidos carros de luxo.

Com o cumprimento dos mandados, a polícia busca concluir a investigação e encerrar o inquérito com a possibilidade de indiciamento dos investigados por associação criminosa, contratação direta ilegalr fraude em execução de contrato.

Leia a nota do Idesp na íntegra

O Instituto informa que a situação relacionada à operação da Polícia Civil já está sendo devidamente averiguada pelas instâncias competentes. Reforçamos que o ocorrido não interfere no funcionamento nem na qualidade dos serviços prestados à população, que seguem sendo executados normalmente.

Mantemos compromisso absoluto com a transparência, a ética e o cuidado integral aos nossos pacientes, princípios que norteiam todas as nossas atividades. O Instituto permanece colaborando com as autoridades para o total esclarecimento dos fatos.

Leia a nota de Rogério Cruz na íntegra

O ex-prefeito Rogério Cruz destaca que não figura entre os alvos da operação desta terça-feira (18) e que está à disposição das autoridades para qualquer esclarecimento e colaboração com as apurações referentes a condutas individuais de ex-servidores.

Leia a nota da atual gestão da SMS na íntegra

A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) informa que o Instituto Idesp, alvo de mandados de busca e apreensão pela Polícia Civil na manhã desta terça-feira (18/11), foi contratado pela gestão anterior. A suspensão do convênio com a empresa foi um dos primeiros atos da atual administração. A SMS ainda ressalta que nenhuma ação foi realizada na secretaria.

Fonte: G1 Goiás

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