Operação Lesa Pátria 6ª fase: PF cumpre 8 mandados de prisão preventiva e 13 de busca e apreensão em GO, MG, PR, SE e SP.
A Policia Federal deflagrou na terça-feira (14/2) uma sexta fase da operação Lesa Pátria, contra os atos golpistas do dia 8 de janeiro. Na ocasião, terroristas bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos três Poderes, em Brasília.
Os mandados desta terça – oito de prisão preventiva e 13 de busca e apreensão – têm como alvo os vândalos que invadiram os prédios públicos. Fases anteriores da operação também miraram supostos financiadores e policiais militares suspeitos de colaborar com a ação golpista.
Veja quem são os presos:
Antonio Clesio Ferreira, professor e candidato derrotado a prefeito de Ouro Preto, foi preso na tarde desta terça-feira (14), suspeito de participar dos atos terroristas em Brasília, no dia 8 de janeiro. A defesa de Ferreira disse que repudia as acusações e afirmou que o ex-candidato esteve em Brasília no dia dos atos, mas não invadiu a Praça do Três Poderes.
Ruy Garcia, vereador de Inhumas – GO., que aparece em um vídeo feito durante os atos de 8 de janeiro, foi preso e levado para Goiânia para prestar depoimento. No vídeo, que viralizou, Ruy é visto caminhando pelo telhado do Congresso, depois de furar o bloqueio que havia no acesso à Praça dos Três Poderes
Rodrigo Raul Pereira Tara, de 41 anos, foi preso nesta terça-feira (14), em Indaiatuba (SP). Fotos publicadas nas redes sociais mostram Rodrigo em Brasília durante o ato golpista de 8 de janeiro. Antes de deletar suas contas em redes sociais, ele fez uma postagem sobre o caso, negando ser terrorista e ter invadido os prédios públicos, mas afirmava “ter tomado bala de borracha na boca” e que “tirou selfie na frente do Congresso”.
Também foram presos:
- Celso Teixeira de Jesus, em Minas Gerais, que aparece perto das janelas quebradas do Palácio do Planalto.;
- Laudenir Vieira Rodrigues, funcionário público municipal de Coronel Fabriciano..
A operação Lesa Pátria é tratada pela PF como permanente e os suspeitos de participação e financiamento são investigados por seis crimes:
- abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- golpe de Estado;
- dano qualificado;
- associação criminosa;
- incitação ao crime;
- destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
A qualificação dos crimes, porém, só deve ser feita ao fim das investigações, quando houver denúncia formal à Justiça pelo Ministério Público.
E nesta terça (14), a Procuradoria-Geral da República denunciou mais 139 pessoas presas em flagrante nos ataques do dia 8 de janeiro. A grande maioria estava depredando o Palácio do Planalto. Até agora, a PGR já denunciou 835 participantes dos atos. Se a justiça acatar os pedidos, eles viram réus.