Polícia

Operação prende suspeitos de aplicar golpes de falsos leilões em Goiás

No combate à prática de crimes cibernéticos, a Polícia Civil cumpre, nesta quinta-feira, mandados contra um grupo suspeito de aplicar golpes do falso leilão. Segundo o delegado Luiz Carlos Cruz, são mais de 50 crimes contra vítimas em Goiás.

Essa é a segunda fase da operação. Os mandados são cumpridos pelos policiais goianos na cidade de São Paulo:

  • 7 mandados de prisão preventiva; (6 pessoas já foram presas até às 10h desta quinta-feira);
  • 11 de busca e apreensão;
  • 119 sequestros de valores em contas bancárias;

A Polícia Civil detalhou que o grupo é suspeito de praticar crimes de falso leilão imitando sites de empresas já consolidadas, causando prejuízo entre R$ 8 e 10 milhões nas vítimas em Goiás.

A primeira fase da operação aconteceu no início de dezembro de 2023. Na ocasião, quatro pessoas foram presas e cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos após um trabalho de identificação feito pela Polícia Civil. Até aquele momento, pelo menos 30 pessoas em Goiás tinham sido vítimas dos golpes.

A polícia explicou que, muitas vezes, criminosos criam sites falsos de leilão de veículos clonando sites de leiloeiras verdadeiras ou utilizando como referência sites de órgãos públicos (Detran, Tribunais de Justiça, Receita Federal, etc.).

Esses sites criados reproduzem as mesmas funcionalidades dos sites verdadeiros, com informações de “lotes” (veículos a serem arrematados) e “leilões” ocorrendo em tempo real com possibilidade de realização de lances, inclusive com informações de SAC e contato (números que são direcionados aos suspeitos).

Segundo a polícia, as possíveis vítimas são atraídas a estes sites falsos em razão do oferecimento de veículos abaixo do preço de mercado. A partir disso, as vítimas são chamadas a efetuar um cadastro nos sites de leilão falso com o fornecimento dos seus dados completos (nome, nº de documentos endereços e inclusive foto da CNH e selfie) a fim de possibilitar a participação no “leilão”.

Posteriormente, ao participarem do “leilão” de algum veículo, as vítimas conseguem facilmente sair vencedoras. A partir de então, os suspeitos iniciam um diálogo com elas por meio de chamadas telefônicas e troca de mensagens com o objetivo de fazer com que elas transfiram o valor correspondente ao “lote arrematado”.

A vítima recebe o “termo de arremate” (documento falso) e dados do “lote” (veículo arrematado), acreditando que de fato participou de um leilão verdadeiro, em razão dos artifícios empregados, efetua o pagamento do valor do “lote arrematado” mediante transferência PIX ou TED para a conta de um beneficiário do golpe, podendo ser uma pessoa física ou jurídica.

Fonte: g1

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