Opinião
O país precisa de pacificação, para retomada da agenda econômica
A agenda econômica não pode ficar refém dos melindres próprios da política, porque o povo brasileiro anseia por melhorias urgentes em áreas básicas como saúde, educação e segurança pública
Maione Padeiro
Desde a redemocratização, na década de 1980, as eleições se tornaram um momento ímpar na sociedade brasileira. O sufrágio universal se consolidou como festa da democracia, momento em que cada cidadão vai às urnas depositar suas esperanças em um país melhor para todos.
Infelizmente, a eleição de 2022 tornou-se um ponto fora da curva. A contestação do resultado das urnas, em claro desrespeito à Justiça Eleitoral, desaguou no lamentável episódio de invasão e depredação dos prédios dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro.
O que se espera agora é que o país volte à normalidade. Os eleitos precisam tomar posse, de fato, dos cargos para os quais foram eleitos e exercer as funções. Os excessos serão apurados pela polícia e julgados pelo Judiciário.
A economia necessita de medidas de estímulo ao crédito para elevar o consumo e aquecer o comércio e a indústria. A roda da economia precisa girar, para o bem de todos, empresários e trabalhadores em geral.
A agenda econômica não pode ficar refém dos melindres próprios da política. O povo brasileiro anseia por melhorias urgentes em áreas básicas como saúde, educação e segurança pública.
Se na saúde vemos um retrocesso nos indicadores de vacinação das nossas crianças, na educação das 20 metas estabelecidas do Plano Nacional de Educação (Lei 13.005/2014), que deveriam ser cumpridas até 2024, 15 dificilmente serão alcançadas.
A meta mais urgente do novo Governo e políticos em geral deve ser a pacificação do país. O Brasil precisa de normalidade democrática para a economia deslanchar. Somente assim o Governo estará focado na resolução dos verdadeiros problemas da população.
Maione Padeiro, presidente da Associação Comercial, Industrial e Empresarial da Região Leste de Aparecida de Goiânia (ACIRLAG) e vice-presidente da FACIEST-GO