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Otan afirma que adesão da Ucrânia está em caminho “irreversível”

Os líderes da Otan afirmaram conjuntamente que “o futuro da Ucrânia está na Otan” e o seu caminho é “irreversível”, na declaração da cúpula de Washington, divulgada após uma reunião do Conselho do Atlântico Norte, nesta quarta-feira (10).

Os líderes não forneceram um cronograma específico para a adesão da Ucrânia à aliança defensiva. Em vez disso, disseram que estariam “em posição de estender um convite à Ucrânia para aderir quando os aliados concordarem e as condições forem cumpridas”.

O grupo ainda prometeu apoio a longo prazo a Kiev. “Saudamos o progresso concreto que a Ucrânia fez desde a cúpula de Vilnius nas reformas democráticas, econômicas e de segurança necessárias”, acrescentaram na declaração.

“À medida que a Ucrânia prossegue este trabalho vital, continuaremos a apoiá-la no seu caminho irreversível para a plena integração euro-atlântica, incluindo a adesão à Otan”, afirma no documento.

A declaração delineou o apoio contínuo da aliança a Kiev, incluindo anúncios anteriores sobre novos sistemas de defesa aérea e o estabelecimento da “Assistência e Treinamento de Segurança da Otan para a Ucrânia (NSATU) para coordenar o fornecimento de equipamento militar e treinamento para a Ucrânia pelos aliados e parceiros.”

A descrição do caminho da Ucrânia como “irreversível” surge após meses de negociações diplomáticas que antecederam a cúpula de Washington e foi um ponto de discórdia entre os aliados.

Antes da divulgação da declaração, alguns diplomatas argumentaram que não bastava apenas descrever o caminho como “irreversível”, mas que deveria haver um forte apoio subjacente a essa descrição.

Transferir a coordenação do treino e do equipamento para a Otan tem sido visto por muitos como uma forma de garantir o apoio contínuo a Kiev no caso da reeleição do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

As autoridades expressaram discretamente preocupações sobre o que uma segunda presidência de Trump poderia significar para a aliança defensiva e para o apoio militar a Kiev, à medida que a guerra da Rússia na Ucrânia continua com poucos sinais de uma conclusão militar ou diplomática.

Há “uma dúvida crescente e compreensível sobre o futuro do apoio ocidental” à Ucrânia, disse um diplomata europeu na semana passada.

O objetivo da NSATU “é colocar a assistência de segurança à Ucrânia em uma base duradoura, garantindo um apoio reforçado, previsível e coerente”, afirma na declaração, observando que “não irá, ao abrigo do direito internacional, tornar a Otan uma parte no conflito”.

No documento acrescenta-se que “apoiará a transformação das forças de defesa e segurança da Ucrânia, permitindo a sua maior integração com a Otan”.

Os líderes também anunciaram “um compromisso de apoio a longo prazo” à Ucrânia, com a intenção de “fornecer um financiamento mínimo de 40 bilhões de euros no próximo ano e fornecer níveis sustentáveis ​​de assistência à segurança para que a Ucrânia prevaleça”.

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