País tem 400 mil vagas de TI com salário alto, mas não tem gente, diz Dell
Diego Puerta, presidente da Dell Technologies no Brasil, diz em entrevista na série UOL Líderes que o Brasil tem 400 mil vagas na área de tecnologia da informação, com altos salários, mas que o país não consegue preencher.
“Temos hoje 12 milhões, 13 milhões de desempregados, enquanto na área de tecnologia nós temos 400 mil, 500 mil vagas de alto valor de remuneração que não são preenchidas por não encontrarmos profissionais qualificados.”.
Para o chefe da Dell, a exclusão digital impactará “seriamente” o desenvolvimento do Brasil e é uma das principais preocupações do executivo.
A cibersegurança é outro assunto que tira o sono de Puerta, diz. O trabalho remoto, amplamente adotado na pandemia, segundo ele, aumentou a vulnerabilidade dos sistemas. Ele é enfático ao afirmar que é preciso uma mudança na legislação para não tratar crimes cibernéticos como golpes. E alerta: “é muito fácil ver hackers oferecendo dinheiro em troca de senhas para funcionários insatisfeitos”.
Puerta fala também sobre as dificuldades de operar no Brasil, com a complexidade de regulamentações, sobre a chegada do 5G e a importância que os computadores tiveram durante a pandemia.
Quando falamos de 5G, não é apenas a velocidade para fazer download de filme. Esse é um dos benefícios, mas não é o mais importante. O principal ponto é que máquina vai falar com máquina, de forma autônoma, como inteligência por trás facilitando as nossas decisões. Isso é que será fundamental.
A outra vantagem é a latência, ou seja, tempo de resposta menor, e maior resposta de capacidade. Significa conseguir cobrir mais equipamentos no mesmo espaço. É o carro inteligente falando com o semáforo inteligente, e eles se coordenarem para melhorar o fluxo. O 5G vai viabilizar isso.
Surgirão coisas que Quando começaram os smartphones, ninguém pensou que os hotéis ou os táxis seriam impactados por causa da tecnologia.
“Eu acredito muito no poder de transformação do 5G. Surgirão coisas que nem imaginamos. Quando começaram os smartphones, ninguém pensou que os hotéis ou os táxis seriam impactados por causa da tecnologia.”
Fonte: uol