O presidente do Paraguai, Santiago Peña, assinou decreto nesta quinta-feira (30) que designa o CV (Comando Vermelho) e o PCC (Primeiro Comando da Capital) como grupos terroristas.
Além disso, o presidente acionou alerta máximo na fronteira com o Brasil, reforçando as forças de segurança, para evitar a fuga de criminosos do Comando Vermelho para o país.
A principal liderança da facção criminosa no Complexo da Penha, Edgar Alves Andrade, também conhecido como “Doca” ou “Urso”, conseguiu fugir na megaoperação da terça-feira (29).
A medida anunciada pelo governo paraguaio acompanha a gestão de Javier Milei na Argentina.
A ministra da Segurança argentina, Patricia Bullrich, afirmou na terça-feira (28) que o país incluiu o CV e o PCC no Repet (Registro de Pessoas e Entidades Vinculadas a Atos de Terrorismo).
A medida ocorre após a megaoperação realizada no Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho, que resultou em mais de 120 mortes. O ministro do Comando de Defesa Nacional, Cíbar Benítez, afirmou que há “razões de sobra” para a decisão.
“Vamos declarar o Comando Vermelho e o PCC como organizações terroristas. Isso acontecerá através de um decreto, provavelmente nas próximas horas. Essa declaração tem seu peso e contrapeso”, declarou.
Benítez informou ainda que o Paraguai vai intensificar o patrulhamento e o monitoramento na fronteira leste, região de maior vulnerabilidade do país sul-americano.
“Não será apenas um trabalho de inteligência, mas também de presença. Haverá aumento de efetivo e reforço de recursos humanos e materiais ligados à defesa e segurança”, afirmou o ministro.
