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Parque da Criança ganha placa com nome de Murilo Soares Rodrigues

Mais que um espaço de lazer e prática de esportes. O antigo Parque da Criança, no setor Mansões Paraíso, em Aparecida de Goiânia, se tornou memorável e passou a chamar Parque da Criança Murilo Soares Rodrigues. A solenidade de descerramento da placa que nomeia o local foi realizada na tarde de terça-feira, 14, com a presença de autoridades, familiares e amigos do homenageado.

Murilo Soares Rodrigues morava no Setor Papilon Park e desapareceu aos 12 anos, em 22 de abril de 2005, após ser abordado por equipes da Ronda Ostensiva Tática Metropolitana (Rotam), na Rua Tapajós, na Vila Brasília. O garoto estava com Paulo Sérgio, 21 anos, amigo que dirigia o carro do seu pai Orton. No dia seguinte, o veículo em que eles estavam foi encontrado carbonizado no setor Alto do Vale, na capital. Os dois desaparecem e nunca mais foram vistos.

A mãe do menino, Maria das Graças Soares, 53 anos, esteve presente na homenagem e não dispensou lembranças. “É um sonho realizado. São 17 anos sem ele. Aqui está gravada a memória dele, não vai ser só uma passagem na televisão ou página do jornal. Aqui vai ser a memória viva do Murilo. É uma história que fica marcada para sempre”, disse emocionada.

Emocionado, o diretor administrativo da Secretaria de Meio Ambiente, Regis Inácio, representou o secretário Cláudio Everson e em poucas palavras disse que “a história ficará eternizada no Parque da Criança Murilo Soares Rodrigues. É uma lembrança que ficará cravada para sempre”.

O vereador Willian Panda, que conheceu o menino quando criança, foi autor do projeto de lei 3.581/2020 que nomeou o parque. “O Murilo está presente de várias maneiras e agora mais ainda, com a nomeação desde espaço arborizado. Essa é uma forma de eternizar sua memória, reconhecer a luta de seus familiares e de outras famílias que perderam crianças e jovens para a violência, amparando-os, e fortalecendo que nossa sociedade precisa ser mais justa e de paz”, salientou o parlamentar.

O conselheiro Eduardo Mota, do Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH), destacou a importância da homenagem e do combate a violação de direito. “É uma história que dói todo dia que a gente lembra. Mas aqui neste parque estamos preservando o direito de crianças e adolescentes e de famílias que moram nesse município. E por isso é preciso lembrar do Murilo para que a violência não se perpetue. É preciso manter a memória viva não só na lembrança e na saudade, mas na luta cotidiana pelos direitos de outras crianças e famílias”.

Depois do descerramento da placa, balões brancos foram soltos como homenagem. Houve oração do Pai Nosso e aplausos de familiares e amigos da vítima. Marcaram presença na solenidade o vereador por Goiânia Mauro Rubem (PT) e o ativista de direitos humanos Eronilde Nascimento.

Fonte: Secom Aparecida

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