Operação da PC-GO, prende envolvidos em golpe de R$ 10 milhões contra instituição financeira
Parte de grupo que aplicou golpe de R$ 10 milhões em banco é da mesma família e ostentava vida luxo com dinheiro do crime – Foto: Divulgação/Polícia Civil
Quatro das dez pessoas presas suspeitas de aplicar um golpe de R$ 10 milhões em um banco são da mesma família e ostentavam uma vida de luxo com o dinheiro do crime, afirma a Polícia Civil (PC). O delegado Thiago Martimiano detalha que eles descobriram uma falha de comunicação entre o banco e uma maquininha, que permitia o uso ilimitado do cartão.
“Eles ostentavam uma vida de luxo, moravam em prédios de luxo em Goiânia e gastavam o dinheiro na noite goianiense”, afirma Martimiano.
O nome do banco e da empresa responsável pela maquininha também não foram divulgados.
Um vídeo divulgado pela polícia mostra o momento em que os policiais cumprem os mandados de prisão e busca e apreensão contra um dos investigados. Na filmagem, os policiais mostram o apartamento do suspeito com diversas caixas de eletrodomésticos, além de outros bens. Também mostra a vista do local, que fica em frente ao Parque Vaca Brava, em Goiânia.
O delegado conta que as fraudes ocorreram durante 9 meses de 2022. “Era um grupo familiar que teve informações de que havia uma falha de comunicação entre o banco e a maquininha. Quando eles usam o cartão de crédito do banco na maquininha, o limite usado voltava completo no dia seguinte”, disse. Ou seja, segundo as investigações, o uso do cartão era ilimitado.
Diante disso, os suspeitos usaram diversas identidades falsas para pedir cartões e abriram empresas de fachada. “Também chamavam donos de empresas para pedirem as maquininhas e poderem passar os cartões e pediram o adiantamento dos valores”, explica. As investigações apontam que os suspeitos causaram um prejuízo de R$ 10 milhões ao banco.
Polícia Civil informou ainda que a previsão é que as investigações sigam, em Goiás – Foto: Divulgação/Polícia Civil.
A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Garra/Deic), deflagrou, no dia 5 de dezembro, operação denominada “Fragmentados” para desarticular organização criminosa responsável por fraude bancária que gerou prejuízo de cerca de R$ 10 milhões para instituição financeira. Na oportunidade, foram cumpridos 10 mandados de prisão preventiva, sendo um em Rondônia e um no Distrito Federal; e 25 mandados de busca e apreensão.
“Dos presos, quatro são da mesma família e os outros são pessoas captadas por eles para participarem do esquema, principalmente, solicitando as maquininhas”, disse.
Os suspeitos respondem por estelionato, organização criminosa, lavagem de dinheiro e falsidade documental. “As penas ultrapassam os 15 anos de prisão”, detalha Martimiano. Ao cumprir os mandados, os policiais apreenderam cerca de R$ 3,9 milhões, imóveis e dois carros de luxo. “O golpe foi contra o banco e nenhum cliente teve prejuízo”, finaliza o delegado.