Polícia

Pastor Davi Passamani líder da Igreja Casa, é denunciado por importunação sexual em outro caso

Uma mulher denuncia ter sido importunada sexualmente pelo pastor Davi Vieira Passamani, líder da Igreja Casa, em Goiânia. Prints mostram a conversa entre o religioso e a fiel. Passamani já foi denunciado pelo mesmo crime em 2020, por outras mulheres, mas o caso foi arquivado.

O crime aconteceu na madrugada de terça-feira (19) e a vítima procurou a delegacia no dia seguinte para registrar o boletim de ocorrência. Ela diz que, primeiramente, o pastor mandou uma mensagem de texto, perguntando se ela estava bem. A mulher respondeu que sim e agradeceu Davi pelas orações que ele fez a ela em momento anterior.

Segundo a vítima, o pastor perguntou sobre o namorado dela e descobriu que a relação havia chegado ao fim. A partir disso, perguntou se podia confiar na vítima para fazer algumas confissões. Ela disse que sim e ele passou a narrar uma fantasia erótica que havia imaginado com ela.

Na sequência, ligou para a mulher por chamada de vídeo e mostrou o pênis, conforme o que ela narra na ocorrência policial. Depois, desligou a câmera e, apenas por áudio, passou a se masturbar. A vítima narra que o pastor desligou a ligação e continuou mandando mensagens, mas ela não respondeu mais.

Em nota, a Polícia Civil informou que foi notificada sobre o caso, mas que detalhes sobre a investigação serão repassadas em momento oportuno.

Outras denúncias

Essa não é a primeira vez que Passamani é denunciado por importunação sexual. Em março de 2020, uma veterinária que frequentava a igreja do pastor, o denunciou dizendo que, durante uma conversa, ele perguntou sobre a vida sexual dela, disse que queria sentir seu beijo e que teve um sonho com ela.

No mês seguinte, uma segunda mulher procurou a polícia para também denunciar o pastor pelo mesmo crime.

Com a repercussão negativa, o pastor chegou a gravar um vídeo negando o crime e pedindo desculpas à família e aos fiéis. Na época, a igreja também se pronunciou, dizendo que estava apurando o caso e que Passamani estava afastado de funções “há semanas” para “tratamento médico e cuidados em família”.

Apesar disso, a Justiça de Goiás determinou o arquivamento do inquérito policial. A decisão foi do juiz Luís Henrique Lins Galvão de Lima, atendendo a requerimento do Ministério Público. Wilson Carlos de Almeida Júnior, advogado do pastor, afirmou na época que as provas apresentadas pelas duas vítimas citadas não tinham “relevância para fins penais”.

Em junho de 2020, o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) denunciou o pastor por outro crime de importunação sexual. Desta vez, a denúncia referia-se ao caso de uma vítima, em janeiro de 2019. O processo tramita em sigilo.

Fonte: g1

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