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Polícia Federal faz operação contra garimpo na Terra Yanomami

A Polícia Federal começou, nesta sexta-feira (10), a implementar as ações de erradicação do garimpo em terras yanomami, de forma a interromper a logística do crime, “com foco na inutilização da infraestrutura utilizada para a prática do garimpo ilegal, bem como a materialização das provas sobre a atividade criminosa”. As ações ocorrem no âmbito da Operação Libertação.

“O foco principal, neste momento, é interromper a prática criminosa e proporcionar a total e efetiva retirada dos não indígenas da Terra Yanomami, preservando os direitos humanos de todos os envolvidos”, informou a PF – que conta com a ajuda de Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Fundação Nacional do Índio (Funai), da Força Nacional e do Ministério da Defesa.

Em nota, o chefe da Diretoria de Meio Ambiente e Amazônia da PF, Humberto Freire, informou que as ações focam a logística do crime e o registro da materialidade delitiva, e não nas pessoas envolvidas, “de modo a evitar que haja dificuldades na saída dos não índios da Terra Yanomami”.

Inutilização da infraestrutura visa interromper logística criminosa

Segundo ele, há que se ter cuidado em evitar problemas devido ao fato de alguns garimpeiros não estarem conseguindo deixar a área. A preocupação do diretor é evitar que eles acabem sem meios de subsistência mínima. “Não podemos esquecer que o foco principal da operação é a desintrusão total dos não índios da TI Yanomami”, justificou.

De acordo com a PF, a Operação Libertação será mantida até que a legalidade seja restabelecida na terra Yanomami.

Garimpo ilegal próximo a área de aldeia Yanomami em Roraima. Foto de 2016 — Foto: Bruno Kelly/Reuters

Destruição de maquinário

Na última quarta-feira (8/2), uma força-tarefa do governo federal destruiu maquinários usados no garimpo ilegal em terra indígena Yanomami.

Foram queimados um helicóptero, um avião, um trator de esteira e estruturas de apoio logístico dos garimpeiros. Além disso, a equipe apreendeu duas armas e três barcos com cerca de 5 mil litros de combustível.

A destruição do maquinário é prevista na legislação para impedir a retomada do crime e garantir a segurança dos policiais e fiscalizadores, já que o recolhimento desses equipamentos demandaria uma logística complexa e cara.

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