Polícia

PF e MP fazem operação de combate à corrupção na Secretaria da Fazenda e no Ipem de SP

Material apreendido pela PF durante a ‘Operação Barão de Itararé’ nesta terça-feira (23) – Foto: Divulgação/PF

A Polícia Federal e o Ministério Público de São Paulo (Gaeco-SP), fizeram uma operação de combate à corrupção na Secretaria da Fazenda do estado de São Paulo e no Instituto de Pesos e Medidas, nesta terça-feira (23). Um auditor fiscal é suspeito de favorecer organizações criminosas que atuam na venda de combustíveis adulterados. Oito funcionários do Ipem também são investigados. O esquema seria mais uma fonte de renda dos criminosos.

Mensagens interceptadas pelos federais apontam que os grupos criminosos eram informados por esses servidores de ações fiscalizatórias, além de receberem pagamentos por pix.

A ação foi batizada de ‘Operação Barão de Itararé’ e é um desdobramento de outra operação da PF realizada em fevereiro deste ano, quando os federais identificaram três organizações criminosas distintas, especializadas em adulteração de combustível.

A Operação Boyle, do início do ano, descobriu inúmeros meios de adulteração de combustíveis feitos por essas quadrilhas, que usavam, inclusive, metanol – substância altamente inflamável e tóxica, cujo o uso como combustível é vedado pela legislação brasileira.

Agentes federais participam de operação policial no estado de São Paulo. – Foto: Divulgação/PF

Em fevereiro, os federais apreenderam vários lacres desviados. Pelas mensagens trocadas entre os investigados, ficou evidenciado um vínculo entre as empresas e os servidores públicos, que avisavam sobre as fiscalizações e forjavam outras inspeções, segundo a PF.

Relógios apreendidos pela PF durante a ‘Operação Barão de Itararé’, nesta terça-feira (23). — Foto: Divulgação/PF

Relógios apreendidos pela PF durante a ‘Operação Barão de Itararé’, nesta terça-feira (23). – Foto: Divulgação/PF

Na operação desta terça (23), os agentes federais cumprem mandado de busca e apreensão pela 2ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores de Capital Paulista.

A Justiça também determinou o afastamento do auditor fiscal estadual do exercício de suas funções públicas, bem como o bloqueio de até R$ 75 mil das contas bancárias dele e de outros dois investigados por corrupção ativa.

Ainda segundo a investigação, um dos chefes do esquema teria indicado o chefe do Ipem na região Sul da capital.

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