Polícia

Pelo menos 65 responsáveis pelos ataques de 8 de janeiro fugiram para a Argentina, diz PF

Foragidos dos ataques contra as sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro de 2023 entraram na Argentina e pediram refúgio no país, aponta a Operação Lesa Pátria, conduzida pela Polícia Federal. Nesta quinta-feira (6/6), foi deflagrada uma nova fase da Operação, a fim de prender envolvidos e monitorar os fugitivos dos ataques de 8 de janeiro de 2023.

A Polícia Federal (PF) vai sugerir ao Supremo Tribunal Federal (STF) que inicie o processo de extradição dos foragidos do ataque ao Estado Democrático de Direito que estão no exterior.

A instituição identificou pelo menos 65 suspeitos que entraram na Argentina em busca de refúgio. O Brasil ainda não pediu a inclusão desses foragidos na Interpol, organização de cooperação policial internacional, mas estuda fazer.

Para burlar o controle aduaneiro, os fugitivos podem ter atravessado a fronteira em porta-malas de carros, caminhado pela ponte que separa os dois países ou ainda atravessado o Rio Paraná, após quebrarem tornozeleiras eletrônica que usavam, não passaram pelos controles migratórios, segundo a PF. No entanto, são monitoradas pelas autoridades do país.

O processo de extradição, se aceito pelo governo argentino, precisa passar pelo Ministério da Justiça e o Itamaraty.

Ao longo dessa quinta-feira (6), a PF realizou uma operação para capturar foragidos no ambito da operação Lesa Pátria, que investiga os ataques de 8 de janeiro do ano passado, quando as sedes dos Três Poderes foram vandalizadas.

Até às 20h, policiais federais haviam cumprido 49 mandados de prisão preventiva, expedidos pelo STF, em 18 estados e no Distrito Federal para a captura de investigados e condenados.

Os foragidos foram presos nos estados do Espírito Santo, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Bahia, Paraná e no Distrito Federal.

Investigações apontam que os acusados descumpriram medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica, proibição de usar redes sociais e de não sair de casa aos fins de semana. Investigadores disseram à reportagem que alguns suspeitos chegaram até a postar foto em festas durante o período em que deveriam estar em casa por decisão judicial.

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