A Policia Federal (PF) prendeu o dentista Vitório Campos da Silva, nesta quarta-feira (24/5). Ele é suspeito de invadir o Palácio do Planalto e depredar o gabinete da primeira-dama, Rosângela da Silva (Janja), durante os atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro.
Imagens dele foram registradas dentro do gabinete.
Natural de Conceição das Alagoas, município de Minas Gerais, o dentista foi preso no âmbito da Operação Lesa Pátria que investiga os responsáveis pela manifestação antidemocrática que culminou em atos de vandalismo na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Atos antidemocráticos
O Supremo Tribunal Federl (STF) tornou réus, na última segunda-feira (22/5), mais 250 denunciados pelos atos antidemocráticos no dia 8 de janeiro. Com isso, 1.045 dos 1.390 denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) já foram tornados réus pelo STF.
Durante a invasão, os manifestantes destruíram os vidros e móveis do STF, Palácio do Planalto e Congresso Nacional. Além disso, objetos históricos e obras de artes também foram depredadas pelos invasores. Ao todo, o prejuízo é de aproximadamente R$ 26,2 milhões.
Salas do Planalto foram destruidas, após a invasão
As investigações apontaram que o dentista mineiro invadiu e depredou o gabinete da primeira-dama, no Palácio do Planalto, juntamente com outras pessoas.
Vitório foi identificado após ter sido flagrado por profissionais de imprensa e aparece em diversas fotos no interior de gabinetes do Palácio do Planalto, no ataque de 8 de janeiro.
Um dos fatores também utilizados para a identificação de Vitório nos ataques foram os óculos. Além das coincidências morfológicas de aparência facial, faixa etária, bigode e coloração do cabelo, o uso de óculos observado em imagens disponíveis em fontes abertas foi considerado um “marcador de individualidade e identificador da pessoa”.
Em um vídeo nas redes sociais em 2020, ele também aparece com uma faixa dizendo “Contra o vírus do STF e do Congresso álcool e fogo”.
No vídeo ele aparece dizendo: “(…) nós, o povo, estamos cansados, da próxima vez, ou haverá uma intervenção militar, que não é o ideal, mas nesse momento é única forma de prender estes bandidos (…) ele [o ato] é totalmente a favor do Bolsonaro, por conseguinte ele contra estes bandidos do Supremo e do Congresso”.
Manifestantes sitiaram a Praça dos Três Poderes, destiundo tudo que encontravam pela frente
