O piloto da lancha que colidiu com outra embarcação em Boipeba, município da Bahia, apresentava sinais de embriaguez no momento do acidente, na tarde dessa sexta-feira (29/12). O homem foi preso em flagrante e encaminhado para a cadeia de Valença, também no litoral baiano.
Além da Polícia Civil da Bahia, a Capitania dos Portos também investiga o caso e divulgou, com base no depoimento de testemunhas, que as duas embarcações bateram de frente em um local conhecido como “Rio do Inferno”.
Duas pessoas que estavam na lancha Dattoli 12, que naufragou, morreram. As vítimas foram identificadas como Mário André Machado Cabral, de 34 anos, e Larissa Fanny Galantini Pires, de 35.
Conforme o delegado, após colidir, a lancha afundou e duas pessoas morreram ainda no local, antes de receberem atendimento médico. Outras duas vítimas, que estavam na embarcação atingida, tiveram ferimentos, entre elas, o piloto.
As vítimas foram identificadas como Mário André Machado Cabral, de 34 anos, e Larissa Fanny Galantini Pires, de 35.
“Ficamos sabendo que o marinheiro chegou a dar socorro [às vítimas], mas depois ele evadiu do local do acidente e foi detido logo em seguida”, disse José Raimundo.
O suspeito, que não teve nome divulgado, foi encaminhado inicialmente para a delegacia de Cairu, também no baixo sul, e depois para a delegacia de Valença, na mesma região.
Segundo o delegado, o suspeito tem licença para pilotar e a carteira, que foi aprendida pela Marinha, está dentro do prazo de validade. No entanto, ele é suspeito de ter cometido uma infração grave.
De acordo com o Nery, passageiros afirmaram ter visto o piloto ingerindo bebida alcoólica durante o passeio e ele apresentava sinais de embriaguez quando foi preso, contudo, o teste de etilômetro (bafômetro) ao qual ele foi submetido não detectou presença de álcool.
“Possivelmente, isso se deu pelo tempo que demorou para [o teste] ser feito, porque o acidente aconteceu umas 15 horas e esse teste foi feito já por volta das 23 horas, pela própria Marinha”, detalhou, acrescentando que o resultado do procedimento deverá sair em 10 dias, mesmo prazo em que serão apresentados aos autos do inquérito.
Ainda conforme o delegado, o investigado é reincidente. “Teve uma situação, meses atrás, em que ele também fazia uso de bebida alcoólica e se envolveu em um acidente, em que uma pessoa se lesionou levemente. Ele já responde por esse caso, ou seja, ele reiterou já nessa prática delituosa. A gente já sabe que é uma pessoa contumaz em navegar fazendo ingestão de bebida alcóolica e com velocidade excessiva”.
