Plano Municipal de Educação é debatido em audiência pública

Fotos: Marcelo Silva
Encontro proposto pelo vereador Professor Clusemar discutiu a elaboração do plano que vigorará pelos próximos dez anos
A Câmara de Aparecida de Goiânia promoveu, na tarde desta quinta-feira, 30, uma audiência pública que discutiu a elaboração, monitoramento e avaliação do Plano Municipal de Educação (PME).
A iniciativa foi do vereador Professor Clusemar, que presidiu o encontro. Também compuseram a mesa diretiva o vereador Tales de Castro, a professora Aline Caixeta, superintendente de Assuntos Educacionais e representante da Secretaria Municipal de Educação, o presidente do Conselho Municipal de Educação, professor Marcos Perpétuo, o Dr. Fernando Nader, gestor educacional da International School Brasil, a professora Maria Lúcia Pacheco, representando a UEG – Unidade de Aparecida, a professora Ailma Maria de Oliveira, presidente intersindical de Educação de Aparecida, a professora Valéria Morais da Silva, do CMEI Rotary e representando as instituições particulares de ensino, a professora Patrícia Carvalho, dentre outras figuras educacionais de Aparecida.
Presidindo a audiência, o vereador Professor Clusemar abriu a reunião lendo um poema em exaltação aos professores, fazendo alusão ao dia dessa importante classe, comemorado durante o corrente mês.
Em seguida, o professor Marcos Perpétuo falou da essencialidade da educação na vida de todos e destacou que a discussão de hoje é o momento de colocar isso em prática, elaborando mais um Plano Municipal de Educação para os próximos dez anos.
“Este é um espaço democrático de escuta e construção coletiva. Um momento em que a sociedade aparecidense se reúne para discutir o futuro da nossa educação com base nas diretrizes nacionais, reais e necessárias para o nosso município.”
Ele ainda explicou que o plano é o instrumento que orienta as políticas educacionais pelos próximos dez anos, estabelecendo metas, estratégias e ações que vão desde a educação infantil até a de jovens e adultos, passando pela valorização dos profissionais e pela inclusão social.
Explicou que a função atual é atualizar o plano, alinhando-o às novas diretrizes do Plano Nacional de Educação 2024/2034, em tramitação no Congresso Nacional. Disse que esse plano nacional é moderno e comprometido com a redução das desigualdades e o fortalecimento da educação pública, repensando o papel do Estado, das escolas e da comunidade na formação do cidadão crítico, autônomo e solidário. Ao adequar o plano municipal a esse novo contexto, garantirá que a cidade caminhe em sintonia com o país, assegurando políticas integradas, metas realistas e estratégias exequíveis, planejando a educação como política de Estado e não de governo, independente de mudanças na gestão.
Ele também falou sobre a evolução da educação em Aparecida, com suas melhorias, mas sem deixar de lado os desafios que persistem, como a ampliação do acesso à educação infantil, especialmente de 0 a 3 anos, a melhoria do índice de alfabetização na idade certa, o fortalecimento do ensino fundamental e médio, garantindo permanência e aprendizado efetivo, a valorização dos profissionais da educação, o investimento em infraestrutura e inovação pedagógica e a promoção da equidade.
“Que seja dialogado, construído de forma coletiva, e que possa trazer os anseios dos nossos pares para esse planejamento, que é um ato próprio da nossa área, que é planejar”, discorreu.
No mesmo sentido, o vereador Tales de Castro pontuou que a Câmara é a Casa do debate, da discussão, da escuta e que deve ser a Casa da participação popular.
“Hoje é uma ocasião muito especial, que é debater um plano que durará 10 anos. E não tem como discutir uma sociedade melhor, com mais qualidade de vida, se a gente não colocar educação na centralidade dessa discussão”, afirmou o vereador, que lembrou de quando esteve na vice-presidência da UNE, entre 2007 e 2009, quando debateram o Plano Nacional de Educação, e que os mesmos desafios da época ainda persistem, como garantir um orçamento robusto para a educação em nível de país, estados e municípios.
A presidente intersindical de Educação de Aparecida, Ailma Maria de Oliveira, falou da importância de que as conquistas obtidas com a Constituição Federal de 1988 e a LDB de 1996 sejam respeitadas, mas destacou que, infelizmente, ainda há muito para avançar. Também mencionou que o combate à violência nas escolas e a inclusão passam, obrigatoriamente, pela valorização dos profissionais da educação, que estão no chão das escolas. Ela também citou a importância de a comunidade escolar estar completamente envolvida, o que inclui os conselhos de pais.
O gestor educacional Dr. Fernando Nader, que também é médico, afirmou que o nível educacional deve ser avaliado pelo reflexo social, e não apenas por provas, observando índices de violência, comportamento dos jovens, relações sociais, entre outros aspectos.
“A educação é a base e o fim de tudo, e, pelo novo Plano Nacional de Educação, a base está dentro das escolas, mas, na verdade, está dentro da família”, afirmou, ressaltando que a função da escola é entender, reforçar e garantir valores ligados à família.

Vários outros educadores presentes também fizeram uso da palavra e apresentaram suas contribuições para o debate sobre o Plano Municipal de Educação, incluindo uma exposição sobre o PNE que tramita em Brasília e as diretrizes que ele preconiza para a elaboração do plano municipal.
Fonte: Diretoria de Comunicação da Câmara
 
				 
					


